sexta-feira, 30 de outubro de 2009

WEB 2.0 na educação à distância: Introdução

O aparecimento da internet, alterou a forma de nosso contato à informação. Nossa forma de interagir com o mundo mudou. Até para planejar uma viagem, entramos na internet para conseguir informações sobre nosso destino.
"A web foi desenvolvida para ser um repósitório de conhecimento humano, que permitiria que colaboradores em locais distintos partilhassem as suas ideias e todos os aspectos de um projeto comum" - Berners-Lee (no início da década de 1990)

A ideia de partilha e de fácil acesso a informação surgiu depois do surgimento da internet, mas foi ponto fundamental de seu sucesso.

A novidade dos hiperlinks fez com que, no início de tudo, houvesse uma euforia multicolor, que só acabou com a maturidade da ferramenta, quando se começou a buscar a sobriedade.

Mas até aqui, ainda tinhamos a Web 1.0, onde a autoria era feita de 1 para muitos. Em 2005, com a melhoria das velocidades, surgiu o conceito de Web 2.0, proposto por Tim O'Reilly. No novo conceito estava embutido a recente facilidade de os próprios usuários realizarem publicações online, e consequentemente, interagirem, sem precisarem ser especialistas. Aqui, a informação é passada de todos para todos.


Da Web 1.0 à Web 2.0

Nesse momento surge o fenômeno das Redes Sociais, como o Hi5, MySpace, Linkedin, Facebook, Orkut... que estimulam o processo de interação social e ampliam as possibilidades de aprendizagem.

As ferramentas online permitem que as pessoas não se limitem a informações "presas" em seus desktops. Você pode cadastrar o blog que você gosta de ler em um Feed, colocar seus textos no Gdocs, suas imagens no flicks, os contatos de seus amigos no Orkut ou em alguma outra rede social, e daí por diante...

As várias ferramentas online permitem uso no contexto educativo e vamos tratar delas aqui, em breve.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O Cognitivismo e a EAD

Todo aluno, presencial ou à distância, constrói esquemas cognitivos que sertem como ferramentas na hora de reconstruir representações mentais do que está sendo aprendido. Durante a produção de textos para EaD precisamos ter o cognitivismo em mente. Seguem alguns termos utilizados por Piaget em seu discurso sobre Cognitivismo:

- Assimilação: ação de incorporar a nova representação mental ao repertório de esquemas já contruídos.

- Acomodação: transformação e ampliação dos esquemas cognitivos já interiorizados.

- Adaptação: Ocorre a partir de assimilações e acomodações constantes, que desencadeiam uma restruturação de todos os esquemas já construídos.

- Equilibração: É processo que faz os esquemas de adaptação gerar significado para o sujeito. O que foi adaptado passa a ser compreendido.


Havendo interesse, a equilibração acontece mais efetivamente, porém, não pra sempre! A cada nova aprendizagem, os processos de assimilação e acomodação produzirão uma desequilibração, que rearrumará todo o esquema. Logo, todo o aprendizado é transitório e é modificado a cada novo objeto aprendido.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Super-Ego: O PERIGO DA DESMOTIVAÇÃO

Todo aluno tem expectativs quanto a aprendizagem. Se essas expectativas forem frustadas, ele começa a experimentar sentimentos de baixa auto-estima e, em pouco tempo, se sente demotivado a continuar estudando, seja qual for o assunto curso.

Se o professor/conteúdista/DI/tutor se manter em uma posição de "Eu sei mais", subjugando o saber do aluno, o vínculo entre eles estará bem fragilizado, e como consequência, o aluno irá se distanciar. Em um curso online, onde a distância é um dos fatores negativos, o fato de o professor afastar ou não saber manter a atenção e a estima do aluno pode ser apontado como contribuição à evasão.

Ensinar, ser peça fundamental na aprendizagem, colaborar para a melhoria do processo educacional do aluno. Tudo isso é fantástico! E a interferência invasiva dos professores a fim de se manter em seu papel também era fantástica, em seu tempo apropriado.

Hoje em dia, vivemos a cultura do pensar e tratamos com conteúdos produzidos pelos próprios alunos. Neste cenário, o professor passa a ser mediador, e precisa tomar muito cuidado para que os estudantes de EaD se apropriem das informações de forma crítica e construtiva, ao invés de serem meros reprodutores. Afinal, na realidade de autoria que vivemos, ser um simples reprodutor de idéias alheias é um outro grande fator de desmotivação.

Assim como um aluno presencial pode estar presente e não prestar atenção, um aluno de EaD pode comparecer às atividades, mas não estar se relacionando a fundo com o conhecimento. Faz parte do trabalho do professor/conteúdista/DI/tutor identificar e corrigir esse fator.

O segredo do sucesso é o seguinte: Pensar e repensar nossos percursos enquanto "aprendentes", lembrar de situações que foram favoráveis e contributivas para nossa formação e identificar o que gostariamos que tivesse sido diferente. Feito isso, poderemos identificar procedimentos de ensino que tornaram o processo de aprendizagem uma experiência prazerosa e evitar tudo aquilo que desmotivou por ser desagradavel.

Algumas perguntas que ajudarão nesse processo:
- O que o aluno que estuda o texto sentirá e pensará?
- Os conteúdos oferecidos têm relação com a área de interesse do aluno?
- A redação do texto contribui para o desenvolvimento do aluno enquanto "Ser Pensante"?
- A linguagem do texto estimula o aluno a novas leituras?

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Avaliação das Competências - DIs e avaliação por habilidades

Antes de falar de habilidades, precisamos entender o que são as Competências Cognitivas. São elas, as modalidades estruturais da inteligência, as operações que o sujeito utiliza para estabelecer relações com e entre os objetos, os atos de observar, reprsentar, imaginar, reconstruir, comparar, classificar, memorizar, interpretar, criticar, supor, levantas hipóteses, escolher, decidir, etc...

As habilidades dividem as Competências Cognitivas em três grupos:
Habilidades iniciais: Identificar, indicar, localizar, descrever.
Habilidades Intermediárias: associar, classificar, comparar, compreender.
Habilidades Complexas: analisar, julgar, aplicar, inferir, generalizar.

Com esses três níveis em vista, é possível dividir um conteúdo de forma que ele seja gradativo, ou, preparar uma avaliação que identifique onde está cada aluno e, a partir daí, montar estratégias que melhorem o nível geral da turma, do curso, e consequentemente das próximas turmas.

Avaliação da Aprendizagem e o Construtivismo

Depois de passar por um período onde a avaliação chegava a ser uma repressão, a educação mudou. Mas essa mudança não veio do nada: a partir dos anos 50, o mundo mudou. A contracultura trouxe a reinvindicação de comportamentos menos restritos por regras e normas através de diversos movimentos sociais contra ações totalitárias, e a educação precisou se adaptar à nova realidade.

Mas o mundo começou a mudar novamente. Um consenso sobre os problemas da avaliação tradicional, levou os educadores a somar o aprendizado a outros fatores, como condições sociais, culturais, familiares e econômicas do aluno. A mistura desses fatores pode prejudicar ou beneficiar o desempenho do estudante em uma prova. Levando em conta a andragogia, podemos citar outros elementos como a falta de tempo, o stress do dia de trabalho, o tempo no engarrafamento, etc...

Para compensar as situações vividas pelo aluno, surgiu a idéia de considerar o desenvolvimento do estudante através de seus progressos individuais. A teoria que fortaleceu esse movimento foi o Construtivismo.

E o que isso tem a ver com EAD?
Preparamos avaliações para usuários acessarem quando quiserem. Isso pode ser após duas horas de trânsito ou até com um cachorro latindo insistentemente. Esses fatores precisam ser levados em consideração. Além disso, o Ambiente Virtual permite diversas formas de avaliar um aluno, logo, os Desinger Instrucionais devem ser criativos e não se ater somente aos métodos tradicionais de Avaliação da Aprendizagem.

Tipos de Questões - Montando um questionário

Os modelos de questões mais utilizados, até hoje, são as questões objetivas como: múltipla escolha, resposta breve, lacunas e associação, e isso tem um motivo claro: são de simples correção e permitem que o professor corrija uma amostra maior de avaliações em um período curto de tempo. Esses fatores fizeram com que esses tipos de questões fossem largamente utilizadas.
Porém, em muitos casos também se utiliza as questões subjetivas que abrem um leque maior de resposta ao aluno e uma dificuldade maior de correção para o professor.

Dicas para se elaborar os tipos de questões
- Múltipla escolha
Não coloque no enunciado indicativos gramaticais que dêem dicas para a resposta como gênero e número
O número de alternativas deve ser de 4 a 5 para mantes em 20-25% a chance de acerto ao acaso
Evite alternativas absurdas, assim como a opção NRA, Todos, Nenhum, Sempre, Nunca, Às vezes, Frequentemente e Eventualmente por que podem induzir a erros de compreensão

- Lacuna
Todas as lacunas devem ser do mesmo tamanho não dando dicas sobre o tamanho da palavra
As lacunas não devem ser o sujeito da oração ou do predicado, devem se limitar ao complemento para que a frase não fique sem nexo

- Associação
Indicativos de repostas, como combinações de gênero e número devem ser evitados
Deve ficar bem claro, que tipo de associação se quer que faça
Devem invertigar conhecimentos dentro de uma mesma área temática

- Dupla Alternativa (V ou F)
As orações devem ser inteiramente certas ou inteiramente erradas
Não devem ser empregados Nunca, Sempre, Asvezes, Usualmente e Frequentemente

- Perguntas Curtas
Devem ser construções de resposta imediata, direta e única

- Questões Subjetivas
Também chamadas de questões de ensaio, as questões subjetivas precisam indicar aspectos e referências que devem ser consideradas na resposta. Isso é o que vai dar um parametro de correção, pois em uma questão aberta como esta, um sem número de formas de responder são possíveis.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Avaliação Padrão

Nas primeiras décadas do século XX, se inicia uma intesa atividade com relação a avaliação da aprendizagem escolar. Os professores começaram a criar testes padronizados para determinado grau de ensino e, já naquela época, se institui o que chamamos hoje de "Prova Brasil" ou "ENEM".

Nesse momento, eles consideravam que tudo poderia ser aprendido quantitativamente, e que era possível medir isso. Foi então que surgiu o conteito de "Curva Normal de Distribuição", onde se acreditava que em cada turma 25% seriam fracos, 50% estariam na média, e os outros 25% estariam acima da média, seriam os melhores alunos.

O conhecimento escolar era tratado com um objeto quantificável, e que provas e testes mediriam que sabia mais ou menos. As provas refletiam a distribuição prevista na Curva Normal: 25% eram fáceis (os alunos fracos atingiriam esse nível), 50% teriam dificuldade média (a maioria dos alunos conseguiria resolver) e 25% seriam questões mais dificeis (que identificariam os melhores alunos).

Mantendo o ritmo de aprendizagem durante um curso

Chamar a atenção do aluno no início do curso é uma tarefa árdua, mas não pode ser realizada com algum esforço inicial. Porém, depois de começado o curso, é imprescindível não deixar o estudante perder o ritmo. E para isso, é necessário um planejamento todo especial dos "adendos" do conteúdo. Seguem alguns exemplos do que pode ser feito para evitar a perda de ritmo do curso.

Marcar atividades já realizadas
Os estudantes precisam ser lembrados se eles já realizaram a atividade ou não. Pois se eles não forem lembrados, algumas atividades acabarão não sendo realizadas, por puro esquecimento. Essa lembrança pode vir por meio de emails, ou as próprias atividades podem ser marcadas, no sistema, de forma que os alunos entendam que já fizeram, ou que precisam fazer determinada atividade.

Providenciar handouts e ajudas específicas
Todo o conteúdo que for possível deve conter fichas de consulta online e possibilidade de impressão. Dessa forma, o aluno fica resguardado e terá o material à mão sempre que for preciso. É importante sinalizar para o aluno as atividades que precisam ser concluídas online, para que ele não se confunda e estude somente offline.

Montar e utilizar um fórum online
Os fóruns permitem aos estudantes perguntar sobre vários assuntos e ter retorno breve por parte dos tutores. Além disso, o registro da dúvida fica no fórum para que outros estudantes possam tirar suas dúvidas no futuro.

Incluir um formulário de avaliação do curso
Esse não é um questionário sobre o conteúdo do curso, mas sobre o curso em si. Nesse espaço o estudante deve ter liberdade para dar sua opinião sobre o curso, sem ser reprimido. O resultado dessa pesquisa deve ser estudada pela equipe instrucional a fim de melhorar as próximas experiências do usuário.

Disponibilizar links para materiais adicionais
Uma ótima maneira de dar liberdade para o aluno estudar é oferecer a ele materiais diferentes dos do conteúdo formal do curso. Através de uma pesquisa na internet é possível encontrar vários links sobre os mais diversos assuntos e disponibilizá-los aos alunos. A disponibilização do link também incentiva que o estudante realize suas próprias buscas para aprofundamento nos assuntos de seu maior interesse.

Disponiblizar um Suporte Técnico e Tutoria para o usuário
Se for possível, disponibilize um suporte para tirar dúvidas técnicas e um tutor, entendido do assunto tratado, para tirar dúvidas de conteúdo. Pode ser que poucos procurem os serviços, mas só a sensação de tê-los já oferece uma agradável sensação de segurança para os alunos, que sabem que têm para onde correr se a dúvida aparecer. Além disso, não tem nada mais desestimulante que ter uma dúvida e não saber o que fazer.

No fim de seus cursos, chame os alunos à ação! Você pode fazer isso de várias formas:
- Que demonstrações ou exemplos você pode mostrar para deixar o conteúdo claro?
- Que interações ajudam o aluno a construir suas prioridades de aprendizagem?
- Que interações você pode incluir com oportunidades claras de prática?
- Que interações você pode incluir para ajudar os alunos a se auto-avaliarem sobre o que foi ou não aprendido?
- O que você pode dar de suporte aos alunos quando eles voltarem ao trabalho?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Avaliacao da Aprendizagem - História da Avaliação da Aprendizagem

Apesar de ser vista como uma tortura pelos alunos, a avaliação não deve ser assim. A melhor forma de não avaliarmos como se estivessemos torturando é estudar as formas de avaliar, começando pelo começo.

Antes do século XIX, a relação professor-aluno era uma relação mestre-discípulo. Os professores ensinavam a grupos pequenos que deviamo imitá-lo em tudo. A avaliação da aprendizagem era moral: o grau imputado ao aluno indicava presença ou falta de qualidades como esforli, dedicação, e responsabilidade.

Nessa época, o instrumento predominante de avaliação eram as arguições, ou Dissertações Orais. O mestre escrevia os pontos em um papel e os alunos sorteavam sobre o que deveriam discorrer, o que permitia que o aluno sorteasse um ponto que dominava pior, indo mal no exame. Sair-se bem na avaliação não era resultado direto de conhecer o conteúdo. E quem se desse mal, e não atendesse as expectativas do mestre, eram castigados fisicamente.

Quando, no século XIX, a Revolução Francesa elevou a educação a Direito de todos, uma mudança radical se iniciou. Por causa do aumento de demanda, o currículo começou a ser organizado em turmas e os exames começaram a ser escritos.Começou-se, então, uma série de experimentações com as avaliações, como por exemplo:

BOSTON, 1845: Professores realizaram um teste composto por 154 questões sobre história, aritmética, geografia, vocabulário, gramática, ciências e astronomia.

INGLATERRA, 1865: O reverendo inglês, George Fischer, criou uma escala de caligrafias para classificar a escrita de seus alunos.

O crescimento de interesse em estudar e a enxurrada de matrículas tornou impossível os métodos anteriores, como a prova oral. Quando passou a encontrar 150 alunos por dia, ao invés de 50 como antes, os professores precisaram abandonar seu métodos e estudar formas melhores de avaliar.

O que esse assunto tem a ver com EAD?
É sempre bom comnhecer a origem, certo?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Providenciando exemplos eficazes

Enquanto desenhamos um material instrucional, sempre existe o momento em que precisamos exemplificar o que estamos falando, a fim de tornar o conteúdo mais claro e mais próximo da realidade do aluno. Existem alguns tipos de exemplos que podemos usar:

  • Lista com ações necessárias (para referenciar pesquisas futuras)
  • Vídeos (para mostrar efetivamente o exemplo)
  • Histórias (para envolver o aluno a partir da familiaridade)
  • Arvores de Decisão (para testar ações, dando feedback constante)
  • Cenários resumidos (para dar uma série de exemplos de casos e de como agir)
  • Passo-a-passo (para exemplificar com detalhes)
  • Entrevista (para dar a sensação de mídia)
  • Descrição do procedimento (para casos mais técnicos)
  • Screen Shots com textos (para explicar softwares ou sites)

Existem várias outras formas de exemplificar. Não importa o método usado. O importante é que ele se adeque perfeitamente ao conteúdo. Se os estudantes acharem o exemplo dificil ou abstrato, não conseguirão fazer relação dele com o real, e o exemplo deixará de ser relevante.

Use demonstrações que tragam procedimentos reais tomando cuidado para explicar que decisões devem ser tomadas a cada passo. Em demonstrações complexas, inclua como o estudante deve agir se cometer algum dos erros mais comuns.

Interações e Exemplos com Interações
Como fazer uma boa interação?
  • Ela deve ser relevante, mas não massante. A primeira interação de um curso, por exemplo, deve ser divertida para animar o estudante.
  • Ela deve ser desafiadora, mas não impossível. Pode ser fácil, mas não deve fazer com que os estudantes se desestimulem pela facilidade.
  • Ela deve ser profunda, e não tratar o assunto de forma superficial. O nível das interações deve aumentar de acordo com o andamento do curso.
  • Ela deve dar feedback, sempre que o usuário precisar tomar uma decisão.

As interações podem ser usadas no início, meio e fim dos cursos. Em cada momento ela tem seu papel, e isso deve ser respeitado para manter o ânimo dos alunos. No ínicio, os alunos não tem conhecimento sobre o assunto e por isso devem ser levados intuitivamente aos resultados. Durante o curso, o conteúdo deve ser explorado a cada momento para fazer o aluno revisar e estudar, aproveitando a memória curta.

Já no fim, deve-se evitar interações e só usá-las quando para revisar o conteúdo de forma linear. Sem cobranças de lembranças de detalhes do decorrer do curso.

Avaliação da Aprendizagem: Nota 10!

Provas, exames, notas, conceitos, aprovação e reprovação estão presentes no dia-a-dia das escolas e seus resultados constituem na comprovação de eficiências e deficiências. A avaliação desempenha o papel mais importante na maioria das dinâmicas educacionais e asseguram um certificado ou diploma para a pessoa.

Muitas práticas de aprendizagem e avaliação são difundidas hoje em dia, mas como elas se adaptam ao cenário da EAD?

Deixo a reflexão, mas embreve volto ao assunto.

Prendendo a atenção do aluno

Faça o seu melhor, o mais rápido que você puder, para prender emocionalmente seus alunos. Se você conseguir fazer isso, terá um público atento, animado e curioso. Mas se não fizer, corre o risco de ver seus alunos, gradualmente, pegando no sono.

Mas como fazer isso? Como prender a atenção dos alunos?
* Na introdução:
  • Mostre a eles os benefícios que aula irá oferecer a ele, praticamente
  • Mostre a eles os riscos de não aprenderem o que você tem a ensinar. Faça isso com humor ou drama. O importante é chamar a atenção deles!

* Resuma. Não esmiuçe detalhadamente cada ponto. Os alunos irão ficar sem paciência. Mas se você resumir de forma interessante, eles pesquisarão os detalhes depois. Segundo a escritora Louise Brooks "Escrever é 1% inspiração e 99% eliminação". Então, corte, corte, corte!

* Não use palavras de significado dúbio, frases imprecisas ou mais específicas do que o necessário. Abaixo, cito alguns exemplos de palavras que podem ser substituidas por outras mais simples:
  • Como consequencia disso -> Por que
  • Descontinuar -> Parar
  • Com referencia ao -> sobre
  • Adquirir -> Comprar
  • Remetendo -> pagando
  • Remuneração -> pagamento

* De acordo com diversas pesquisas, a maior influência no comportamento humano são imagens simples. Não é surpresa que 90% da capacidade cerebral seja para captar recursos visuais. Adicionando elementos visuais a seus materiais de e-learning, você ajudará seus alunos a memorizarem com mais facilidade, ajudando-os a alcançar seus objetivos.

* Usando vídeos
Pensando sobre vídeos, podemos falar que são uma diversão barata, mostram movimentos, são feitos com pessoas reais e podem ser ao vivo ou gravados.
Casos em que o uso de vídeos são recomendados:
  • Mostrar um clipe musical ou cenas de um filme
  • Mostrar esportes
  • Dar boas vindas em um curso

* Usando audio
Sobre a utilização de audios, podemos dizer que eles atraem a atenção, mudam o humor e a atmosfera, comunicam através de palavras e permitem que escutemos músicas. É importante usar o áudio de forma que ele não atrapalhe o aprendizado do conteúdo. Exemplos positivos de uso de áudio:
  • Música de fundo - tomando cuidado com o volume
  • Locução de perguntas - que devem também estar escritas
  • Acompanhando processos em animações

Por fim, sempre que começar a produzir ou desenhar instrucionalmente um material, reflita sobre as questões:
- O que faço para prender emocionalmente meus alunos?
- Como posso apresentar aos meus alunos um volume muito grande de informação, ou informações complexas?
- Que imagem posso usar para melhorar meu material?
- Onde/Como estou procurando as imagens que preciso?
- A utilização de audio pode adicionar valor ao meu material?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Avaliação em EAD - ou não

Avaliação é julgamento da realidade a luz de alguns critérios da sociedade e do próprio professor.

Que tipo de julgamento os professores estão dispostos a realizar?
Que aspectos podem realmente ser julgados? Que critérios utilizamos no julgamento da realidade?
Qual a tarefa mais dificil realizada por um professor? A avaliação?

Essas são perguntas de reflexão, mas antes de pensarmos nelas, precisamos refletir sobre outra questão: O que, realmente, é Avaliação?

  • Avaliação pode ser a elaboração de objetivos e de meios para alcançá-los. O resultado de uma avaliação é interpretação dos resultados a fim de descobrir se os objetivos foram alcançados.
  • Avaliação pode ser um meio de controle de qualidade para assegurar que os resultados sempre melhorem.
  • Avaliar pode ser uma forma de julgar o grau de aceitabilidade do que foi escrito.
  • Avaliação pode ser um processo contínuo, sistemático, cumulativo, informativo e global que permite julgar e saber a quantidade de conhecimento do aluno sobre o assunto.
  • Avaliação pode ser um método de identificar, medir, investigar e analisar as modificações de comportamento do aluno.
  • Avaliação pode ser um componente do processo de ensino. Através dela, e de seu resultado, é possível tomar decisões sobre as próximas atividades a serem realizadas.
  • Avaliação pode ser um processo construído no percurso da busca pelo conhecimento.

Objetivos da Avaliação
A avaliação tem dois objetivos básicos: Auxiliar o aluno em seu processo de desenvolvimento pessoal e Prestar contas a sociedade a cerca da qualidade do trabalho educativo realizado.

O crescimento individual de um aluno, medido através de uma avaliação, precisa ser somado ao crescimento individual de outros alunos para que a avaliação, então, consiga medir o crescimento coletivo do conhecimento. Em outras palavras, "Educador e educando, aliados, constroem a aprendizagem, testemunhando-a à escola e esta à sociedade."

Estudiosos da avaliação a acham ruim por ter um caráter seletivo e rotulador. A medida que os bons recebem rótulo positivos enquanto os ruins recebem rótulos negativos, alguns se motivam a continuar buscando o conhecimento e outros se desestimulam. No mundo ideal as avaliações seriam diagnósticos de como o aluno está indo, ao mesmo tempo que orientariam quais seriam os próximos passos a serem tomados para que os objetivos iniciais fossem alcançados.

"Enquanto diagnóstico, a avaliação permite a tomada de decisão mais adequada, tendo em vista o autodesenvolvimento e o auxílio externo para o processo de autodesenvolvimento."

O aspecto diagnóstico da avaliação
Ao ser usada como diagnóstico, a avaliação e seus resultados podem ser utilizados em benefício do percurso de aprendizagem. Para ganhar esse caráter diagnóstico, a avaliação precisa acontecer em outros momentos além dos habituais - como no término de uma etapa. A avaliação precisa acontecer:
  • No início, para avaliar o que o aluno já sabe;
  • No meio, para avaliar como ele está indo até ali e para adequar os caminhos que serão seguidos daí em diante;
  • E no fim, quando se observará se os objetivos iniciais foram atingidos.
Mas, para o que mais a avaliação serve além de ser diagnóstica?
1) Para propiciar a auto-compreensão
Tanto o professor, quanto o aluno podem, sozinhos, através do resultado de uma avaliação, saber onde estão e onde precisam se esforçar para melhorar.

2) Para motivar o crescimento
O conhecimento do resultado do diagnóstico levará o aluno a um desejo de obter resultados melhores. Para funcionar dessa forma, é necessário que os professores estejam atentos aos comentários que fazem ao corrigir as provas. Esses comentários tem o poder de motivar ou desmotivar os alunos.

3) Para aprofundar a aprendizagem
O exercício da avaliação permite a organização de experiências e a formação de hábitos, dessa forma, os limites da aprendizagem são ampliados grandemente.

4) Para auxiliar na aprendizagem
Se a avaliação não for tratada como simplesmente uma forma de julgar quem sabe e quem não sabe, ela poderá ser utilizada para deixar o professor atento às necessidades dos alunos e pensando sempre em seu crescimento.

sábado, 5 de setembro de 2009

Estudar e aprender

Resumo/Resenha do Texto "Estudar" de Pedro Demo.

O que é estudar?
Ir à aulas? Escutar o que o professor fala? Reproduzir o que foi supostamente aprendido?

Para Pedro Demo, e devo dizer que para mim também, estudar é bem mais do que isso. Estudar é se dedicar a um determinado assunto a fim de construir sua própria versão dele. Estudar é reconstruir o conhecimento já existente, através de uma autonomia de interpretação que permite descontruir e reconstruir.

Por isso tudo, afirmo junto ao Pedro: Estudar Não é ter aula!

Durante a faculdade eu era chamada de turista, por não gostar de assistir às aulas. Porém, minhas notas nas avaliações mostravam meu conhecimento. Eu não precisava das aulas para aprender, por que eu tinha meu próprio método de desconstrução e reconstrução: a leitura, a pesquisa, a resenha.

"Títulos não garantem a competência. O que garante é a aprendizagem adequada"
Pedro demo

Mas o que seria a aprendizagem adequada? Em seu texto "Estudar", Pedro Demo dá sua opinião sobre essa pergunta, e eu, dou minha opinião sobre sua opinião. Afinal, estou estudando...

1) Aprendizagem supõe autoria
Através da autoria, construimos nosos próprios conhecimentos. Lemos autores e nos tornarmos autores do que sabemos.

2) Aprendizagem exige pesquisa
Sem pesquisar nos tornamos cópias do modelo que nos deram. Procurar por outros conhecimentos disponíveis abre espaço para a interpretação e para reconstrução.

3) Aprendizagem pede elaboração constante de textos
Aqui se encaixa a famosa Resenha. Escrever o texto do outro com suas próprias palavras é passo importantíssimo para o exercício da autoria. Resenhar prova que você sabe pensar e interpretar.

4) Aprendizagem requer leitura sistemática
Desde que me lembro estudo lendo. Meu método é o seguinte: Leio 3 vezes. Na primeira reconheço o texto. Na segunda, leio marcando o que me parece importante. E na terceira, leio procurando algo que possa ter passado desapercebido. Depois dessa maratona, resenho o texto a partir das marcações.
Esse é um modelo de leitura sistemática. Quando você lê assim, aprende a pensar o texto, passa a ter idéias sobre o que será reconstruído para formar seu conhecimento.

5) Aprendizagem permite argumetar e contra-argumentar
É simples. Se você realmente aprendeu, se você realmente se tornou construtor de seu conhecimento, você conseguirá argumentar e contra-argumentar facilmente sobre eles.

6) Aprendizagem traz fundamentação
Quando você aprende, sabe fundamentar o que está dizendo. Mas não é só isso. Sabe ser autocrítico o suficiente para avaliar se o que você fala ainda se configura em sua verdade e, se necessário, modifica o aprendido. Ou seja, continua aprendendo.

7) Aprendizagem requer hábito permanente
Aprender é um processo contínuo.
Você possui uma montanha de aprendizados antigos. Quando aprende algo novo, ele se junta aos antigos e os modifica de forma que você ganha uma montanha de aprendizados com nova forma. Em outras palavras, todo aprendizado novo modifica seus conceitos antigos. Seus conhecimentos estão sempre sendo modificados. Você precisa estudar sempre para não se perder em uma montanha de antiguidades.


"Carregar nas costas toneladas de conteúdos dos outros não faz um profissional. Mas faz um profissional saber discutir conteúdos e renová-los permanentemente."
Pedro Demo

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Arquitetura da Informação e materiais instrucionais

Materiais instrucionais tem duas perspectivas: a nuclear e a periférica.

A informação nuclear é toda aquela que o aluno realmente precisa ler e aprender. Ela tem uma estrutura muito parecida com a de materiais impressos: é linear e não permite aprofundamento do assunto.

Já as informações periféricas são aquelas que permeiam o núcleo do texto munindo o aluno de dados complementares que podem ser simplesmente interessantes, ou um aprofundamento do assunto.

O uso de informações periféricas é bastante complicada para Designers Instrucionais acostumados com a produção de material impresso. Pois, normalmente, ao produzirmos textos, o fazemos com uma ordenação lógica: apresentação, desenvolvimento e conclusão. Essa linearidade é fatal no EAD, pois desestimula os usuários a estudarem e a se aprofundarem no conteúdo.

Existem várias formas de exibir esse conteúdo periférico. Já falamos sobre elas no post "Arquitetura da Informação: Desdobrando o Conteúdo" do dia 31/08/2009. Você pode encontrar o post procurando pelas tags: Designer Instrucional e Aula Virtual.

Primeiro passo para um Design Instrucional de sucesso: O Planejamento

O primeiro e mais importante ponto de um Design Instrucional é a preparação, ou Planejamento. Não importa se você está muito ocupado ou se está com muita pressa para implentar o curso: Você tem que planejar! Sem o devido planejamento, além de perder tempo com materiais desnecessários, você não deixa sua idéia clara o suficiente para que ela seja plenamente entendida pelos alunos. A grande questão é: "to work smarter, not harder". Planejando o que será feito, suas idéias ficam claras e você trabalha o conteúdo de forma que os usuários terão prazer em estudá-los.

Para começar, você precisa explorar suas habilidades de contemplação e reflexão. Perca algum tempo contemplando e refletindo sobre o conteúdo, mas não se esqueça de que Clareza é o seu ideal. Depois desse tempo, você poderá escrever seus objetivos. Eles devem ser no máximo cinco, mas esse número vai depender do quão complexo é o material que precisa ser ensinado e de quanto você conseguirá ser realista sobre o que quer alcançar com o material.

Com seus objetivos traçados, você precisa detalhar exatamente o que quer que seus usuários sejam capazes de fazer quando terminarem de estudar o conteúdo. Nesse ponto, você precisa ter em mente o seu público:

Idade e Genero
Esses fatores podem fazer uma grande diferença. Existem exemplos que podem funcionar bem para um grupo e para outro, mais velho ou mais novo não.

Prévio conhecimento do assunto
Esse é um fator crítico. O aluno pode reconhecer os tópicos e ficar satisfeito ou ficar entediado lendo tópicos que ele já conhece. Sabendo o que os alunos já conhecem sobre o assunto, você poderá dar pitadas de suporte visual ou exemplos práticos.

Preferências de como aprender
Uma estimativa do grupo sobre esse assunto te dará uma estrada a seguir, com noções do que irá agradar.

Habilidades para aprender sozinho
Pode fazer toda a diferença. Quanto mais independentes os alunos forem, menos estrutura e acompanhamento eles precisarão. Uma vez que eles saibam por que o tópico é relevante, poderão ir direto as informações certas.

Interesse e motivação
É a chave do sucesso por que é impossivel obrigar alguém a aprender. Se seus materiais são realmente importantes para os alunos, mas eles não veem assim, você terá que devotar um tempo maior atraindo a atenção deles e explicando isso.

Com base nas informações acima, podemos resumir o planejamento de um curso à distância respondendo as seguintes perguntas:

- Qual é o seu objetivo?
- O que, especificamente, você precisa que seus alunos estejam habilitados a fazer quando terminarem de estudar o material?
- Seu objetivo é realístico em um único módulo? Você precisa de uma pausa ou de suplementos do materiais com outras atividades e recursos?
- O que você sabe sobre seu público: seus conhecimentos prévios, seus interesses e motivações, etc...?
- Que conteúdo você considera agregar valor real aos seus objetivos?

Arquitetura da Informação: Desdobrando o Conteúdo

A arquitetura da Informação, dentro de um curso e-learning, entre outras coisas, rege o desdobramento do conteúdo principal em conteúdos periféricos. Existem algumas ferramentas bastante úteis nesse desdobramento, são elas:

Caixa de Ênfase
As vezes, é preciso mostrar para o aluno que aquele conteúdo específico é importante. A Caixa de Enfase ressalta partes importantes do conteúdo.
Exemplos de uso: Estabelecimento de um conceito geral, síntese, de uma idéia importante, um comentário...



Caixa de Explicação Expandida
Em algumas situações é preciso expandir uma explicação sem quebrar o ritmo do texto, nesses casos, usa-se a Caixa de Explicação Expandida. O texto aqui não precisa ser curto, mas precisa, necessariamente, ter relação com o texto-base.


Caixa de Dicionário
Esse recurso oferece ao aluno uma definição padrão de um termo. O termo que será explicado na Caixa, precisa ser marcado de alguma form
a no texto principal. O uso de imagens é pouco usado.



Caixa de Informação avulsa ou de curiosidade
Essa caixa permite um desdobramento mais amistoso, menos acadêmico. Até a narrativa pode ser mais leve, com menos formalidades.



Caixa de Conexão com outras mídias
Aqui, o desdobramento é tão amplo, que extrapola os limites do papel e da tela. É o espaço para indicar livros, filmes, seriados e documentários sob
re o tema para os alunos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O que é Arquitetura da Informação?

Arquitetura da Informação é a combinação entre a organização do conteúdo e interface na qual ela é visualizada. A arquitetura da informação é mais que as possibilidades de visualização de um conteúdo online, afinal, até um livro a possui. Sobre isso, Pierre Lévy comentou:

"Estamos hoje tão habituados com esta interface que nem notamos mais que existe. Mas no momento em que foi inventada, possibilitou uma relação com o texto e com a escrita totalmente diferente do que fora estabelecido com o manuscrito: possibilidade de exame rápido do conteúdo, de acesso não linear e seletivo ao texto, de segmentação do saber em módulos, de conexões múltiplas a uma infinidade de outros livros graças às notas de pé de página e às bibliografias."



Exemplo de como a diferença entre o manuscrito e o livro trouxeram problemas aos "usuários" da época

A disposição das informações é quase mais importante que o conteúdo, pois se bem feita, possibilita o desdobramento do assunto orientando e valorizando a autonomia do aluno.

Mesmo que no meio impresso, é importante que o DI desdobre o texto a fim de abrir o leque de possibilidades de estudo para o aluno. As informações podem ser deslocadas do texto principal, em boxes por exemplo. Sem que se dê conta, o aluno sabe o que é a informação central e a periférica.

Uma das grandes vantagens do EAD é, exatamente, a possibilidade de Arquitetura da Informação, que é mais difícil em uma aula presencial. Afinal, no presencial, o professor define em que ordem o aluno vai ter acesso às informações, enquanto no EAD, que escolhe o caminho é o aluno.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Personalize

Nem bloco, nem atividade. O Personalize é um filtro, dos mais interessantes. Até descobri-lo, perdi as contas de quantas vezes ouvi de clientes: "Tem como o nome do usuário aparecer no meio do texto?" e de quantas vezes precisei dizer "Infelizmente, não".

O Personalize permite exatamente isso: a insersão do nome do usuário dentro de textos publicados no Moodle. Por exemplo: "Eu, <>, me compromento a...". Em lugar de "Nome do usuário" aparece o nome que está logado.

Essa é uma ótima ferramenta de personalização pois faz com que o usuário se sinta mais próximo do sistema, pois, como sabemos, nada mais doce do que ouvir, ou no nosso caso ler, nosso nome.

Onde encontrar
http://moodle.org/mod/data/view.php?d=13&rid=2257

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Abaixo, publico o último dos trabalhos da pós que consegui resgatar da plataforma. Quando o novo módulo começar, no fim de agosto, vou ter mais trabalhos para publicar aqui.

De qualquer forma, ainda tenho várias resenhas para publicar. :)

No trabalho foi proposto que escrevessemos um texto inicial para um fórum de discussão. Como sempre, o tema do meu curso fictício foi Fotografia. Além dos textos para os alunos, precisavamos dar instruções de como o tutor deveria conduzir a discussão.

Com certeza existem inúmeras formas de dizer o que eu disse abaixo, mas o trabalho ganhou 10! :)


Argumentação Inicial para o Fórum
Atualmente a fotografia tem tomado um espaço especial na vida das pessoas. Não é raro vermos um casamento ter tantos fotógrafos quanto convidados por causa da facilidade que se tem de comprar e operar uma câmera digital. Além disso, o custo da fotografia foi bastante barateado já que você tem a opção de simplesmente apertar o botão, e, não imprimir o resultado.
Para você, o mercado da fotografia profissional vai ser diminuído a longo prazo por causa dessa democratização? Por que você tem essa opinião? Conte um caso vivido por você ou por outra pessoa que explique o por que de você ter essa opinião.


Perguntas auxiliares e/ou orientações para a tutoria
Os tutores deverão orientar a discussão de forma que tanto o grupo que acredita na diminuição quanto o que não acredita possam argumentar de forma clara suas idéias. Perguntas como: “O que você exatamente você quis dizer?” e “Como você chegou a esta conclusão?”, podem e devem ser utilizadas de forma que os alunos raciocinem verdadeiramente os argumentos que estão utilizando.
Como um dos pontos da Argumentação do Fórum impõe a descrição de um caso que ilustre a opinião, é válido lembrar os alunos da obrigatoriedade de resposta e comentar as histórias contadas.

OU Blog

Essa é uma das poucas atividades programadas que consegue superar a atividade nativa similar. Isso acontece por um único motivo: o blog nativo do Moodle não permite comentários nos posts!

O Blog foi criado pela Open University e funciona muito bem. Por padrão, ele permite que todos os usuários consigam postar, mas isso pode ser facilmente resolvido na página de permissões do "Role". Dependendo do tamanho do site, e do número de blogs nele, é interessante criar um "Role" chamado "Blogger" ou algo similar, para limitar quem são os que podem postar.

Onde encontrar
http://moodle.org/mod/data/view.php?d=13&rid=1820

Form Maker

Várias vezes me deparei com a necessidade de criação de formulários para envio de emails ou inscrição em cursos e eventos. Nessas ocasiões, eu chamava o programador da equipe que montava um formulário em html/php. O processo não era demorado, dependendo da disponibilidade dele, porém, quando era preciso uma pequena alteração, precisamos acioná-lo novamente. Foi então que descobrimos o box "Form Maker".

O Form Maker permite a criação de um formulário de forma simples e bastante eficaz. Os dados preenchidos pelo usuário podem ser enviados para um email, e/ou armazenados em um banco de dados para futura conferência do tutor. O BD criado, pode ser facilmente baixado para um arquivo excel.

O lado ruim?
O formulário é exibido dentro do box, por isso, se for muito grande fará o box ficar muito grande e, em muitos casos, desproporcional aos outros elementos da página.


Onde encontrar
http://moodle.org/mod/data/view.php?d=13&rid=2282

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Certificado

Para alguns alunos, mais importante que o curso em si, é o Certificado recebido após o encerramento. Já presenciei casos em que os usuários imprimiam os certificados dos cursos internos da empresa e os colavam em sua "baia". Eles eram, para esses usuários, como as medalhas de honra ao mérito são para os escoteiros :) . Por outro lado, também já vi usuários ligarem para o Suporte perguntando se eles precisavam mesmo imprimir o Certificado, já que a empresa tinha uma rígida política de economia de papel. Ambos os casos, são cobertos de forma eficaz pelo módulo programado "Certificado" do Moodle.


Sobre a atividade
- Permite que o tutor escolha as atividades-requisito para que o usuário retire o Certificado (para, por exemplo, só permitir que o usuário obtenha o certificado se visualizar 100% de um determinado conteúdo e acertar 70% da avaliação)

- Exibe um relatório com o nome de cada usuário que retirou o certificado, seguido da data/hora da retirada. Esse relatório pode ser baixado para um arquivo Excel e permite que a impressão do certificado não seja obrigatória já que o tutor tem um controle de quem já terminou o curso.

- Permite a impressão do certificado. Muitos utilizam essa possibilidade em cursos metade a distância, metade presencial: Na primeira parte do treinamento, a distância, o aluno retira o certificado. Na segunda parte, presencial, o aluno deve levar o certificado que será assinado pelo professor.

- É possível configurar o módulo para que seja enviado um email para o professor sempre que um aluno retira o certificado.

Onde encontrar
http://moodle.org/mod/data/view.php?d=13&rid=683

Book

A atividade "Book" é bastante utilizada em diversas organizações já que facilita a autoria de cursos, exibindo o conteúdo (texto e imagens) em páginas e capitulos (como em um livro). Existem várias versões da atividade, algumas contam com marcador de texto e bloco de anotações, mas a de uso mais simples, tanto para o usuário quanto para o operador que insere o "Book", é a mais antiga do moodle.

Particularmente, acho que a atividade nativa "Lição" é bem mais eficaz que o "Book" pois permite, além da inserção de textos e imagens, a possibilidade de publicar questões a serem respondidas pelos usuários. A vantagem do "Book" é a facilidade de inserção de conteúdo, já que só é possível criar um caminho linear.

Onde encontrar
http://moodle.org/mod/data/view.php?d=13&rid=319

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Box Aniversariantes

Se o que você precisa é uma ferramenta que incentive a interação entre os usuários, o Box Aniversariantes é uma boa pedida! O box, que não é nativo do Moodle, exibe a lista de aniversariantes da semana e dá chance ao usuário de enviar seu "Feliz Aniversário" aos colegas que trocam de idade na data.


Sobre o box
- Para funcionar, o box exige a criação de um campo extra, onde as datas de aniversário são cadastradas.
- A imagem do topo pode ser alterada dentro da pasta do box.
- Um programador PHP consegue alterar o código de forma bastante eficiente (em minha empresa, fizemos uma customização em que além do nome do usuário, o setor dele na empresa também é exibido).

Onde encontrar
O box pode ser baixado no link: http://moodle.org/mod/data/view.php?d=13&rid=901

Moodle: Módulos programados

O Moodle é uma plataforma bastante flexível. Seu modelo padrão já possui várias ferramentas que permitem a ministração de aula de EAD de forma bastante eficaz. Porém, cada instituição possui uma particularidade, e nem todas as particularidades são cobertas pelas inúmeras ferramentas nativas. O que é bastante normal, visto a quantidade de instituições que utilizam a plataforma.

Para resolver esse gap, desenvolvedores php criam a cada dia novos módulos e boxes que visam suprir as necessidades não resolvidas pelas ferramentas nativas. Muitos desses desenvolvedores são "autonomos", ou seja, criam simplesmente pelo desafio. Porém, muitos outros, são contratados pelas empresas que necessitam para criar módulos absurdamente particulares.

Na dinâmica do software livre, esse desenvolvimento desenfreado é bastante bem-vindo e incentivado. Na própria página oficial do moodle, é possível encontrar diversas ferramentas não-nativas para serem baixadas e usadas, sem nenhum custo. A página de downloads de módulos e plugins do moodle.org é: http://moodle.org/mod/data/view.php?id=6009

Em breve, falaremos mais sobre alguns módulos programados bastante úteis para qualquer instituição.

Moodle: Uso da ferramenta Agregador de Notícias RSS

Antes de falar da funcionalidade do Moodle, vamos explicar o que é RSS.

RSS é um recurso XML que permite a divulgação de notícias por blogs e sites. Quando você publica um RSS em seu site, ele é constantemente atualizado com as informações do RSS que você escolheu.

O Moodle possui um agregador de notícias, em formato de box, que permite inserir sites RSS de forma ágil e rápida. Para inserir, basta clicar em "Alimentador RSS Remoto", no espaço de inserção de boxes.




Porém, o primeiro passo para publicar RSS é saber qual notícia você quer. Abaixo uma lista de sites RSS interessantes:
- O Globo: http://oglobo.globo.com/rss/
- Jornal do Brasil: http://jbonline.terra.com.br/subnavegacao/rss.html
- Estadão: http://www.estadao.com.br/rss/
- Terra: http://www.terra.com.br/rss/
- UOL: http://rss.uol.com.br/indice.html

É importante lembrar que esses caminhos não são os RSS, mas uma página que mostra uma lista de RSSs por assunto, dentro do veículo.

Moodle: Uso da ferramenta Chat

O Chat do Moodle é uma ferramenta de conversa online como outra qualquer. A grande diferença é o uso que tutor faz.




O chat é uma ferramenta síncrona de de comunicação virtual entre participantes de um curso. É imprescíndivel que o tutor:
- Prepare uma pauta bem explicada antes de se reunir com os usuários. Dessa forma, conseguirá manter o foco durante o encontro.
- Estimule a interação entre os integrantes. Mesmo que não participe do chat, o tutor deve incentivar através de outras ferramentas, a participação na ferramenta. Esse incentivo pode vir através de lembretes nos fóruns, ou até através de envio de emails pessoais para os alunos.
- Planeje o encontro de grupos pequenos (até 10 pessoas). Encontros pequenos costumam ser mais efetivos para os usuários que participam.

Um chat, pode ser encarado como uma peça de teatro, que, para sutir o efeito desejado, precisa ser bem encenada por seus atores:

O PROFESSOR: É o mediador do encontro e deve organizar a participação dos alunos, dando voz aos que desejam se manifestar e provocando a manifestação dos mais calados.

O ALUNO: É o sujeito da aprendizagem. Deve ler, analisar e refletir as "falas" dos colegas e do professor, e, mais do que isso, deve interagir com os participantes.

Moodle: Uso da ferramenta Lição

A ferramenta lição é pouco explorada pelos tutores e designers instrucionais que utilizam a plataforma Moodle. Apesar disso, é uma ferramenta bastante flexível e muito rica em possibilidades de ensino para os usuários.

Em suma, a ferramenta lição permite a inserção de conteúdos (texto e imagens estáticas) que podem ser visitados pelos alunos na ordem que eles próprios acharem mais interessante. Para isso, é possível, ao final de cada página de conteúdo, apontar dois ou mais caminhos para se continuar a leitura.

A estrutura é bem parecida com um fenômeno literário dos anos 90: os livros "Enrola e Desenrola", ou "Você Decide", como eu gostava de chamar. Nessa série de livros, após ler algumas páginas você se deparava com uma frase como a seguinte "Se desejar entrar no castelo, vá para a página 190. Se preferir voltar e entrar na floresta encantada, vá para a página 15".

Didaticamente, é possível, após um texto sobre o Descobrimento do Brasil, linkar a lição para dois outros conteúdos correlatos e deixar que o próprio aluno decida o melhor caminho a tomar. Porém, para que funcione bem, é preciso que o designer instrucional não sódomine a ferramenta, como também a monte muito bem a estrutura no papel, antes de colocá-la em prática on-line.

Exemplo de Estrutura

domingo, 19 de julho de 2009

Moodle: Uso da ferramenta Global Search


Também chamado de "Pesquisa Global", esse box busca elementos do site através de palavras-chave. A busca é bastante minunciosa e encontra qualquer palavra que esteja no banco de dados. A exibição dos resultados é feita através de uma lista, com links que levam até o elemento encontrado.

Apesar de ser um box nativo, a Pesquisa Global precisa ser ativada depois de o Moodle ser instalado. Para ativar é necessário apenas deixar o bloco vísivel, na página de configuração dos blocos (Bloco Administração do Site > Gerenciar Blocos).

Depois de ativado, o bloco deve ser inserido como qualquer outro bloco, e ser indexado. A indexação acontece automáticamente durante a primeira busca.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Desdobramentos de um texto

Um dos trabalhos do Designer Instrucional é pensar o todo do conteúdo de forma que ele fique interessante para os alunos. Porém, além de olhar o todo, o DI precisa olhar os detalhes e descobrir no meio do texto aquilo que for interessante para o aluno, aquilo que vai fazer o aluno ficar motivado a continuar estudando o conteúdo e a se aprofundar com pesquisas próprias.

Achado esse detalhe, o DI precisa desdobrar o conteúdo. Existem várias maneiras de desdobrar um conteúdo, por exemplo, criando um "Saiba Mais". Apesar de ser o mais conhecido, esse não é o único desdobramento possível.

Em uma de minhas matérias na pós-graduação, estudamos os desdobramentos de um texto. Foi proposto como tarefa escolher um livro, escanear sua página e desdobrar o conteúdo contido ali. Segue o meu trabalho:

Tarefa: Eu, Arquiteto da Informação

Livro escolhido: Bíblia. Bíblia Sagrada: nova versão internacional / traduzido pela comissão de tradução da Sociedade Bíblica do Brasil – São Paulo: Editora Vida, 2000.

Desdobramento 01
Caixa de Informação Avulsa ou de Curiosidade
Referência: verso 34



Desdobramento 02
Caixa de conexão com outras mídias
Referência: todo texto sob o subtítulo “A Cruxificação”

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Moodle: Uso da ferramenta Questionário

Muito se fala que cada plataforma possui um ponto forte, um ítem em que se destaco dos outros. Sem dúvidas, no Moodle, o questionário é esse ítem. O Questionário, ou Quiz, do Moodle, é, sem dúvida, a atividade mais poderosa da plataforma. Além de possuir inúmeras funcionalidades, permite a publicações de diferentes tipos de questões.

Funcionalidades:
- Banco de questões - instrutores podem criar um banco de questões e reutilizá-las em outras avaliações ou outros cursos.
- Reavaliação automática - caso uma questão seja modificada depois de avaliação ter sido realizada, a nota dos alunos é reavaliada automaticamente.
- Data marcada - podem ter um período (data) limitado para estar disponíveis.
- Tentativas - O número de tentativas permitido pelo aluno é configurável.
- Feedback - Ao final da avaliação o treinando pode receber um feedback de acordo com a nota obtida. Ele pode receber um feedback de acordo com cada resposta selecionada!
- Aleatoriedade - Tanto as questões como as opções de resposta podem ser randomizadas.
- Imagens - É possível inserir imagens nas questões.
- Limite de tempo – pode ser inserido na avalição

Tipos de Questões
Dissertação
Permite que o aluno escreva um texto breve a fim de responder a questão proposta. Esta questão precisa ser corrigida manualmente pelo instrutor.



Associação
A questão apresenta a mesma quantidade de itens e opções de resposta. O aluno precisa associar os itens às respostas corretas. Não existe um número pré-definido de ítens.




Múltipla Escolha
O aluno tem um algumas opções para responder à pergunta proposta, sendo que apenas uma delas se encaixa. O sistema dá a chance de o instrutor embaralhar as opções, portanto, cada vez que o aluno ver a mesma questão, as respostas estarão em ordem aleatória. Além disso, o número de opções é ilimitado.




Pergunta com Resposta Breve
A questão permite que o aluno escreva a resposta e o próprio sistema compara a resposta do aluno com o gabarito. Para tanto, as respostas precisam ser o mais breves possível e o instrutor deve escolher se quer que o computador diferencie letras maiúsculas e minúsculas.



Verdadeiro/Falso
É dada ao aluno uma afirmativa e ele tem que decidir se ela é Verdadeira ou Falsa.




As possibilidades das funcionalidades aliadas aos tipos possíveis de questões tornam o Quiz bastante flexível, com diversos tipos de uso interessantes. Basta que o Designer Instrucional use toda a sua criatividade.

Nova Análise Evidencia Superioridade da Educação On-line sobre a Presencial

Uma análise realizada pelo Ministério de Educação dos EUA descobriu que alunos que estudaram todo ou parte de um curso à distância tiveram melhor desempenho médio que aqueles que estudaram o mesmo conteúdo presencialmente.

Apesar disso, o relatório também afirma que os dados não demonstram que o aprendizado online é superior.

Você pode encontrar detalhes sobre o relatório no link original: http://www.insidehighered.com/news/2009/06/29/online

Moodle: Uso da ferramenta Enquete

Voltando ao assunto Ferramentas Nativas do Moodle, falaremos hoje sobre o módulo Enquete




Enquetes são perguntas que fazemos dando opções de respostas. O grande objetivo dessa ferramenta, em qualquer sistema, é mensurar a opinião de um grupoem uma questão bastante específica.

No Moodle, a enquete é traduzida como "Escolha". A enquete do Moodle é uma atividade e como tal, gera um link, na página do curso, onde clicando, o aluno pode respondê-la. Particularmente, nunca vi essa atividade sendo bem utilizada, na verdade, acho que me habituei a utilizar a enquete não-nativa.

Em minha pós-graduação, um dos tutores, que com certeza não dominava a plataforma Moodle, utilizou a enquete para realizar uma Pesquisa de Opinião. Para isso, publicou 10 enquete, uma abaixo da outra. Até hoje, não tenho certeza se respondi todas ou não, pois a disposição delas me confundia.

Como vocês já devem ter percebido, não gosto da enquete nativa. Em breve vou escrever aqui sobre a enquete que eu utilizo.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Moodle: Uso da ferramenta Glossário

Ainda falando sobre as ferrametas nativas do Moodle, trataremos neste post do Glossário, uma ferramenta que permite elucidar conceitos de forma simples, além de poder ser utilizada como atividade para os alunos.


O recurso Glossário é um dos mais interessantes do Moodle, pois permite que o curso possua um dicionário próprio, com termos que os alunos poderão ter dúvidas. Mais do que isso, permite também que os próprios usuários insiram conceitos, e comentem as inserções dos colegas. Entre as principais configurações possíveis no Glossário estão: permitir ou não palavras repetidas, comentários e versão para impressão, a possibilidade de escolher o formato de visualização dos conceitos (como dicionário, como FAQ, lista de itens, etc...) e a visualização ou não do alfabeto.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Planejamento de Atividades Mistas

Segue um exemplo de planejamento de uma atividade em que o presencial ajuda a dar suporte à parte do curso realizada à distância.

Ambas atividades foram preparadas em uma das etapas do curso de pós-graduação "Planejamento, Implementação e Gestão de Ensino à Distância" da UFF.

***Atividade 01

Título da atividade
Suporte de blog

Tipo de atividade
Presencial

Disciplina
Introdução à Fotografia

Conteúdos da atividade
Postagem de comentários nos blog da atividade a distância

Objetivos
Ao final, os alunos devem conseguir postar comentários críticos em um blog.

Estratégias
A mídia usada será a internet através da postagem de comentários sobre as fotografias dos colegas.

Habilidades a desenvolver
Habilidade de utilizar-se dos comentários de um blog de forma crítica.

Mídias utilizadas
Computador.

Orientações para o aluno
Os alunos que tiverem dificuldade de realizar as atividades da tarefa a distância poderão procurar o tutor presencial que dará uma atividade que os possibilitará realizar plenamente a atividade proposta.


***Atividade 02

Título da atividade
Blogando as fotografias

Tipo de atividade
À distância

Disciplina
Introdução à Fotografia

Conteúdos da atividade
Conceitos de alinhamento nas fotografias e de cooperação

Objetivos
Ao final, os alunos devem ter entendido os conceitos de alinhamento em fotografia a partir dos comentários e exemplos práticos.

Estratégias
A mídia usada será a internet através da postagem de fotografias dos alunos e o comentário – do professor e dos alunos – sobre elas.

Habilidades a desenvolver
Habilidade de fotografar respeitando os conceitos de alinhamento e habilidade de criticar e comentar fotografias de outros autores.

Mídias utilizadas
Computador.

Orientações para o aluno
Para realizar a atividade, os alunos serão avisados anteriormente da tarefa. A primeira parte será fazer algumas fotografias. Essas fotografias serão enviadas para o professor que irá postá-las em um blog. Depois de postadas, os alunos deverão comentar as fotos dos colegas concordando ou discordando dos comentários do professor.
As notas não serão calculadas com base nas fotografias enviadas. Todo o calculo se dará à participação nos comentários do blog.




A atividade 1, presencial, ensina o aluno o que ele deve fazer na atividade 2, à distância. O planejamento de atividades com essas duas características é interessante por que fornece ao aluno insumos para realizar bem as tarefas em que ele não terá acompanhamento real do professor.
É claro que para alguns, a primeira etapa parecerá muito chata. Porém, para os mais "lentos" da turma, o conhecimento adquirido através do "meta-conteúdo" será muito importante.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Moodle: Uso da ferramenta Calendário

Continuando a explanação sobre as ferramentas nativas do Moodle, esmiuçaremos neste post o Calendário.

Durante muito tempo, achei que o calendário fosse um simples exibidor de datas, mas ele é muito mais do que isso.





O Calendário do Moodle permite que o administrador agende eventos e avisos que serão visualizados na página inicial por todos que acessarem. Aos usuários também é permitido agendar informações, mas estas somente serão visualizadas por ele próprio.

O agendamento permite que algumas informações relevantes sejam inseridas, como por exemplo, a data e a duração do evento. A marcação de um evento não impede que outro seja marcado no mesmo dia e horário. Mas na tela anterior ao formulário de agendamento, o usuário pode ver tudo o que está marcado para a o período que ele deseja. Os eventos marcados no calendário são divididos em 4 categorias: Globais, do Curso, do Grupo e do Usuário.

Cada aviso fica marcado no calendário com a cor de sua categoria. Por exemplo, se o administrador marca um agendamento para o dia 18 de junho, a data ficará marcada de verde no calendário. Se o usuário marcar um evento qualquer em seu calendário, o mesmo ficará marcado de cinza.

O administrador pode também configurar diversas alterações do calendário, como:
  • Alterar as variações de relógio, que pode usar 12 ou 24 horas;
  • Escolher o dia que será usado como primeiro da semana, alguns calendários usam domingo, outros usam a segunda-feira;
  • Delimitar o número máximo de eventos que será acrescentado ao calendário em certo período.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Moodle: Uso da ferramenta Fórum

Para começar o detalhamento sobre as ferramentas nativas do Moodle, esolhi uma das mais populares e maiores facilitadoras de interação, dentro do Moodle, e de todas as outras plataformas: o Fórum.




O fórum é um dos pontos fortes do Moodle, provavelmente pela força que o tipo de ferramenta possui dentro da realidade atual do EAD. No Moodle, o fórum possui várias utilidades e tem as seguintes configurações possíveis:

- Possibilidade de escolha entre os tipos: Fórum Geral, Cada usuário inicia apenas um novo tópico, Fórum P e R (Perguntas e Respostas) e Uma única discussão simples. Cada um dos tipos possibilita um uso diferente, de acordo com a criatividade do Designer Instrucional.

- Introdução ao Fórum: Espaço para o DI ou tutor escrever um texto que chame os alunos à participação.

- Obrigar todos a serem assinantes: Envio de email, sempre que um novo texto for postado, para todos os usuários. Também é possível não obrigar o usuário a ser assintante, mas possibilitar que ele escolha se quer.

- Monitorar leitura deste fórum: Essa ferramenta é para o tutor, que pode monitorar que alunos estão lendo os posts e com que frequencia.

- Tamanho máximo do anexo: Os alunos podem publicar imagens nos fóruns, mas essa opção auxilia o tutor a não permitir que o sistema seja sobrecarregador.

- Nota: Uma ótima possibilidade para o fórum é permitir que os usuários dêem nota aos posts enviados pelo colega. No Moodle, essa configuração é bastante completa, permitindo configurar até a escala que será utilizada.

- Limite de mensagens para bloqueio: Para evitar os alunos hiper-participativos, é possível escolher um número máximo de mensagens que cada um pode postar.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Moodle: Ferramentas Nativas

Como o próprio nome já informa, o Modular Object-Oriented Dynamic Environment, ou Moodle, é formado a partir de Módulos. Esses módulos são as atividades que permitem a autoria de cursos, e tornam o ambiente rico e interessante para os usuários finais, os alunos. Por ser um software de código aberto, vários módulos são produzidos de forma independente por desenvolvedores do mundo todo, porém, o próprio Moodle já possui uma gama de módulos nativos que permitem um belo trabalho para designers instrucionais e tutores.

Entre os módulos nativos mais utilizados estão: Fórum, Glossário, Enquete, Questionário, Lição e Chat. E não podemos esquecer os boxes que também auxiliam no aprendizado dos alunos de diversas formas, alguns blocos nativos interessantes: Calendário, Pesquisa Global e Agregador de Notícias RSS. Todos esses módulos precisam ser bastante estudados pelos Designers Instrucionais para que a ferramenta certa possa ser utilizada no momento certo.

Em breve explicaremos detalhes mais profundos sobre cada um desses módulos e boxes.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Plataforma Moodle

O Moodle (ou Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment) é uma das plataformas de apoio a aprendizagem mais divulgadas e utilizadas no Brasil. O sistema é um tipo de LMS (Learning Mangment System) com CMS (Course Managment System), formando um LCMS (Learning and Course Managmente System). O software também pode ser utilizado como gerenciador de conteúdo, porém é necessário bastante experiência com a ferramenta, além de apoio de desenvolvedores e webdesigners, para que dê tudo certo.

Criado em 2001, pelo educador e cientista computacional, Martin Dougiamas, o Moodle surgiu como uma opção gratuíta de plataforma de ensino online. O próprio Martin, já havia sofrido com as limitações de LMSs de código fechado, quando deciciu criar um sistema de qualidade, com código aberto. O primeiro moodle, foi criado por Dougiamas como parte de sua tese de doutorado, e hoje conta com inúmeros colaboradores.

Martin Dougiamas

O Moodle possui atividades que podem ser configuradas de acordo com a necessidade da turma, como: questionário, chat, fórum, lição, blog, enquete, entre outros, além de ser compatível com o padrão SCORM 1.2 e permitir a disponibilização de arquivos para download e exibição de vídeos. Mas ele não é o único. Existem inúmeras plataformas parecidas, mas o Moodle, por contar com uma imensidão de programadores voluntários, tem crescido muito a cada ano. Hoje, ele já é utilizado por todas as Universidades Públicas brasileiras que possuem cursos à distância. Além disso, também é adotado por diversas empresas privadas que encontraram nele a possibilidade baratear os custos do treinamento de seus funcionários.

A plataforma Moodle pode ser definida como uma caixa de ferramentas modular para o desenvolvimento de atividades e tarefas online e para a criação de comunidades de aprendizagem. É um programa em constante desenvolvimento, o que o torna bastante vivo. E não é preciso ser voluntário do Moodle para programar para ele. As empresas que o adotam, em geral, possuem em seus quadros, desenvolvedores que criam módulos personalizados de acordo com a realidade da instituição. Além dos módulos, também é possível a criação e utilização de blocos, que ficam localizados nas laterais das páginas e fornecem informações úteis aos alunos. Útil para os alunos e para os tutores e professores, o Moodle permite que o profissional de ensino avalie constantemente seu conteúdo, adaptando-o para cada grupo de alunos.

O Moodle também é pensado para que haja interação entre seus usuários. Além de todas as ferramentas que permitem esse contato, como chats, fóruns e instant messeger, no Moodle, cada participante possui um perfil que pode ser preenchido por ele próprio com informações pessoais que incentivam a interação com os colegas como em uma rede social.

Números do Moodle
- 1000 downloads do Moodle são feitos todos os dias
- 17000 sites Moodle são registrados pelo mundo
- 160 países possuem sites Moodle registrados
- 75 línguas diferentes já possuem pacote para o Moodle
- 4000 usuários participam dos fóruns do site oficial do Moodle em inglês
- 1300 usuários participam dos fóruns do site oficial do Moodle em espanhol
- 200 usuários participam dos fóruns do site oficial do Moodle em francês

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A contrução de comunidades virtuais - E-tivities

As E-tivities, são um conceito elaborado por Gilly Salmon, que compreendem um conjunto de procedimentos que visam estabelecer relação entre membros de uma comunidade de forma gradual e permanente, favorecendo, assim, a interatividade e o ensino on-line. Elas são concretizadas em atividades motivadoras baseadas na interação entre os alunos, principalmente atráves de mensagens de texto assíncronas, permitindo serem desenvolvidas ao longo do tempo.

São características-chave das e-tivities:
- São concebidas e mediadas por um moderador (em geral, tutor ou professor)
- Contém instruções on-line para não impedir a participação de usuários leigos
- Contém uma "faísca", um pequeno texto desafiador
- São assíncronos, como um fórum
- Demandam participação ativa dos participantes

Um curso baseado em e-tivities têm 5 etapas importantes:
1) Acesso e motivação: atividades introdutórias e acolhimento do tutor
2) Socialização: Os alunos começam a interagir por conta prórpria, ou não. Nesse ponto, o tutor estabelece "pontes" entre os usuários
3) Troca de informações: Os alunos começam a sentir mais seguros e à vontade online. É a hora de realizar tarefas cooperativas e em grupo.
4) Os usuários começam a estudar ´por conta própria e precisam ser sempre sustentados pelo tutor
5) Desenvolvimento: Os participantes se tornam responsáveis por sua prórpria aprendizagem e conseguem aplicar seu conhecimento em contextos individuais. Se tornam empenhados, criativos, críticos e auto-reflexivos.

terça-feira, 23 de junho de 2009

A contrução de comunidades virtuais - Drops: Web 2.0

Web 2.0 é apenas um conceito, porém, tem revolucionado o mundo da informática, e, para nossa sorte, o mundo da educação. Através de uma nova tecnologia chamada Ajax, que mistura JavaScript e XML assíncrono. Essa nova tecnologia dá uma base mais consistente para a troca de informações e colaboração entre usuários. É claro que, o avanço da internet, cada dia mais rápida, facilita muito o acesso dos alunos a essas ferramentas.

Alguns exemplos clássicos de ferramentas da Web 2.0 são: blogs, wikis, players online de vídeo e sites de relacionamentos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A contrução de comunidades virtuais - Caixa de Ferramentas

Plataforma educacional é todo software que permite o uso de ferramentas de comunicação e aprendizagem. Cada plataforma possui pontos positivos e negativos, e por isso, é preciso conhecer a fundo a plataforma que você usa e as ferramentas que você possui para que as soluções para os problemas do dia-a-dia sejam resolvidos de forma conveniente para o aluno e para o tutor.

“Se a sua única ferramenta é um martelo, você tende a ver todo problema como um prego!” Abraham Kaplan (1964).

É muito importante termos a ferramenta correta, assim como, saber usar a ferramenta correta.

Atualmente, o software educacional mais usado no mundo é o Moodle (www.moodle.org). O programa é gratuito e utilizado por praticamente todas as Universidades Públicas no Brasil. Ele foi criado pelo australiano Martin Dougiamas, em 2001, como parte de sua tese de doutorado, e significa Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment.



O moodle permite inúumeras atividades que disponibilizam a atividade para o aluno, medem seu aprendizado, incentiva a sua interação com os colegas, e ainda gera relatórios disso tudo para os tutores/gestores/administradores do curso e do sistema. (Em breve, publicaremos informações sobre as principais ferramentas do moodle e seus usos possíveis).

O grande ponto fraco do moodle é sua interface que não é muito amigável para os usuários, mas pode ser incrivelmente modificada pelo designer que projetar seu tema. Alguns exemplos:

Tema Padrão
Tema Simples


Temas elaborados por designers especializados

Os temas elaborados foram criados pelos designers da empresa Literis.


PLANEJAMENTO DE UMA COMUNIDADE VIRTUAL - Objetivos, regras e estrutura

Objetivos: Os objetivos para a criação de uma Comunidade Virtual podem ser variados, porém, em nosso caso, da educação, ele deve ser único: Criar um ambiente propício para aprendizagem de nossos alunos.

Regras: As regras variam com o tempo disponível e o público-alvo, porém, precisam garantir igualdade de oportunidades de aprendizagem para todos.

Estrutura: Plataforma que será utilizada, possibilidades que ela oferece e como irá contribuir para que se alcance o objetivo.

Termo de Compromisso

O presente termo de compromisso constitui-se no compromisso total e formal da tutora de Ensino à Distância Andréia Menezes Quelhas em reconhecer, concordar e acatar, em caráter irrevogável, irretratável e incondicional os termos aqui citados.

Os itens se referem ao trabalho prático e a responsabilidade moral do tutor, enquanto guia dos alunos em cursos EAD, e precisam ser freqüentemente visitados para que não caiam no esquecimento.

1. Enquanto tutora, me comprometo a exercer minha função da melhor maneira possível independente do sistema de tutoria, do ambiente de aprendizado e da integração possível, ou não, entre eles. Prometo utilizar tanto as ferramentas do ambiente quanto a interatividade do sistema tutoria para:
a) Forçar ao máximo a integração entre eles, a fim de promover uma aprendizagem de qualidade para os alunos.
b) Mediar e integrar a turma, através das ferramentas do ambiente, facilitando a organização de seus estudos através de feedbacks contínuos e propostas de auto-avaliação, com a finalidade de potencializar a autonomia dos alunos.
c) Não olhar para a mediação da turma como uma comum e rotineira tarefa de um tutor, mas como uma forma de me aproximar dos alunos, não só pelos fóruns de discussão, mas através de atividades como chats e wikkis.
d) Chegar perto dos alunos, conhecer seus hábitos de estudo e utilizar essas informações para interferir beneficamente na organização de seus estudos.
e) Dar conselhos sobre o que e como um determinado assunto pode ser melhor estudado.
f) Tornar-me parte integrante da turma, sem esquecer minhas responsabilidades como tutora, principalmente nos momentos em que forem necessários “puxões de orelhas” ou posições mais firmes sobre algum assunto.
g) Utilizar todas as possibilidades de feedback que o ambiente me oferecer para dar um retorno amigável aos alunos sobre suas atividades.
h) Estudar as possibilidades da plataforma utilizada a fim de criar estratégias de auto-avaliação onde os alunos avaliem suas próprias atividades e, junto comigo, tutor, determinem o que precisa ser melhorado no processo de estudo.

2. Declaro me comprometer a zelar pela interatividade do sistema de tutoria, levando sempre em consideração as relações interpessoais. Para cumprir este compromisso, tomarei as seguintes providências:
a) Estarei sempre disponível para os alunos, não só para sanar dúvidas, como para me aproximar deles a fim de tornar mais interessante o aprendizado. E para isso, utilizarei todas as ferramentas possíveis dentro da plataforma.
b) Darei todo suporte necessário para que os alunos se tornem co-autores do curso, através de uma construção colaborativa de materiais.
c) Nunca darei feedbacks monossilábicos a respostas ou questionamentos dos alunos, seja nos fóruns ou em qualquer outra atividade/ferramenta de aprendizagem.
d) Promoverei a interatividade em todos os cursos que tutoriar, fazendo com que os alunos participem ativamente de todas as atividades que dependam de interatividade.

3. Assumo total responsabilidade em prezar e lutar pela autonomia de meus alunos, assim como valorizar cada esforço e tentativa que eles fizerem. Nesse âmbito, prometo:
a) Promover a autonomia de meus alunos no ambiente de curso através de dicas de navegação espalhadas pelo próprio ambiente nos locais em que mais for auxiliá-los.
b) Incentivar meus alunos a participarem das atividades interativas como fóruns, chats e wikis com o objetivo de que eles adquiram confiança ao escrever os textos das atividades e se sintam motivados a buscar outras e novas fontes de estudo.
c) Não repetir práticas de outros tutores sem estudar se serão úteis para a realidade de meus alunos.
d) Ser paciente com meus alunos para que dessa forma eles se sintam a vontade com a possibilidade de erro e tenham mais coragem para tentar e inovar.
e) Estudar meus alunos para ficar a par de seus conhecimentos e experiências prévias e dessa forma montar as estratégias corretas para incentivá-los a seguirem seus próprios caminhos.
f) Apoiar as agendas de estudo que meus alunos elaborarem.
g) Não criticar iniciativas próprias, mesmo que em um primeiro momento pareçam equivocadas.
h) Nunca esquecer a frase: "Quanto mais liberto da tutoria, mais imerso na autonomia".

Como último compromisso deste termo, me comprometo a revisar este documento periodicamente para, com base em novos conhecimentos teóricos e experiências práticas recém-adquiridas, retirar ou inserir tópicos a fim de tornar o documento atual e realmente relevante para meu trabalho enquanto tutora e para a dinâmica de aprendizagem de meus alunos.