quinta-feira, 23 de outubro de 2008

MoodleMoot2008

Com quase um mês de atraso, começo a postar minhas impressões sobre o MoodleMoot2008.


De São Paulo (onde estranhamente está muito calor e todas as mulheres na rua estão usando botas de cano longo), escrevo sobre o II Congresso Moodle Moot, o MoodleMoot2008.
Desapontando os fãs do moodle, o Martin Dougiamas não veio para a abertura e mandou um infame vídeozinho de apenas 2 minutos... Além disso, não estão vendendo nenhuma camisetinha do evento...


Mas falando das coisas boas, ouvimos pela manhã uma palavra da administradora da Comunidade Brasil do Moodle, Paula de Wall. Muito simpática, ela falaou sobre traduções e módulos customizados do moodle. Paula é brasileira, mas mora há cerca de oito anos na Itália onde dá aulas na Universidade de Pádua.


"Trabalhar em comunidade é estabeler uma rede de relações. É preciso estabelecer colaborações." Paula de Wall


Há 5 anos atrás ela traduziu o moodle em 2 dias e pediu que o pai e a irmã testassem a tradução, hoje o software tem mais de 9 mil strings na interface e não é mai possível ser amador. Com essa mudança, o jeito de operar da comunidade teve que se reestruturar, pois as traduções estavam ficando muito bagunçadas com a falta de controle sobre os colaboradores. "Foi preciso passar de um modelo de grupo de amigos para um modelo mais profissional. Sabemos que quem passa na comunidade é por que precisa estar lá.", afirmou Paula.


A comunidade moodle tem mais de 1,5 milhao de usuários e uma das grandes novidades da comunidade é a oferta de empregos. Nessa nova sessão, todos que precisam de tecnicos do moodle tem onde procurar. Segundo a Paula, trabalhar com Moodle deixou de ser aventura de uma única pessoa. "Trabalhar com moodle é uma profissão, e isso é uma mudanca ja que no inicio todos aprendiam sozinhos.", lembra. E continua: "Ja ouvimos falar de casos que não deram certo, mas isso se deve ao fato da falta de conhecimento de quem está operando. O moodle não pode ser um projeto de uma única pessoa. É preciso que ele esteja na estrutura da organização."
Atualmente, uma única pessoa tem permissão de subir arquivos de idiomas de Português (pt-br), e essa pessoa é a Paula. Ela pega as varias traduções enviadas e utiliza um software especifico para compara-las. Da comparacao sai a versao nova do idioma.


A documentação do moodle já tem pt-br. Porém, ainda tem coisas em português de Portugal. A Paula reforçou várias vezes durante o discurso o pedido de que voluntários ajudem na tradução. Os documentos estão em docs.moodle.org/ptbr.


Sobre customizaçõesSegundo a Paula, muita gente só começou a usar o moodle por que era grátis, então comecaram a fazer tanta customização que não conseguem mais se atualizar. Muitos ainda estão presos no moodle 1.5. É preciso que os novos modulos respeitem os standarts.
Na comunidade do Moodle, o único módulo brasileiro foi desenvolvido pela Mackenzie, o Moodle google site map generator. Paula de Wall acha importantíssimo que varios testem ao mesmo tempo os módulos em desenvolvimento, desde o principio, e não só no final quando já está pronto.


Redes moodleÉ possível fazer login em um moodle e passar para outro moodle sem que o usuario perceba. Por exemplo, o usuário entra no moodle da mackenzie e clica em um link que o leva para um curso que está hospedado em outro moodle. Essa migracao acontece sem precisar escrever uma nova senha.


My MoodleO Mymoodle é um desktop pessoal e individual para os alunos. Os alunos configuram a própria página e vêem informações que são específicas dele.
OutcomesOs OUtcomes ganharam a tradução de Resultados de Aprendizagem. Servem para avaliar o aluno fora da rigidez das notas cruas das provas. Funcionam como um Conceito do professor, tipo "nota de participação".

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GruposOs grupos servem para dividir as pessoas em atividades. Por exemplo, uma atividade é preparada para um grupo de 3 pessoas, já a atividade seguinte, no mesmo curso, é feita para um outro grupo de 15 pessoas. Segundo a Paula explicou, parece que dá para fechar atividades por grupos...Isso ajudaria a prender atividades. Por exemplo, é disponibilizado um Conteúdo Interativo, e os alunos que o visualizarem seriam inscritos na próxima atividade. Esse seria um serviço manual, mas quebraria o galho até que o módulo Activity Locking funcione adequadamente.