quarta-feira, 20 de junho de 2012

Um pouco de história

O que se fala hoje em dia é: "EAD deixou de ser o futuro, já é o presente!", "O crescimento da educação a distância mais que dobra todo ano", "A regulamentação da EAD não acompanha seu crescimento", ...

Mas e como tudo começou? Ou, aprofundando, como tudo começou no Brasil?

No início de tudo, lá pelo século 18, a pólvora da educação foi descoberta no Brasil. Em um país com território de tamanho continental e com uma enorme massa trabalhadora sem instrução, a educação era um problema gigantesco (muito pior do que é hoje).

Nesse cenário, surgiu o ensino profissionalizante à correspondência, que permitia que as camadas sociais menos privilegiadas pudessem participar, de alguma forma, do sistema formal de ensino. Além do profissinalizante, também eram "ministradas" aulas de educação básica.

Só que havia um problema: a modalidade ficou marginalizada no país. O preconceito dizia que Educação à Distância era para pobres e ponto.

As coisas começaram a mudar quando, em 1970, foi criada a OpenUniversity, em Londres, que exportava seus cursos. Então, eles começaram a deixar de ser "cursos para povão".

Por todo mundo começaram a surgir teorias sobre EAD, como a Teoria da Autonomia (trata a independência do aluno como componente essencial da modalidade ensino), Teoria da Industrialização (trata a modalidade como uma educação industrializada, impessoal) e a Teoria da Interação e Comunicação (que vê a EAD como proporcionadora de oportunidades de aprendizagem). São muitas teorias, muitos conceitos e pouco consenso. Cada um tem sua verdade e cada instituição aproveita como pode o que se tem disponível.

O importante é que a modalidade de ensino a distância trouxe para o Brasil a possibilidade de expansão de horizontes, de forma que o nível de educação no país possa aumentar. Torcemos para que isso seja verdadeiro e que seja um crescimento exponencial!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Especialistas são necessários

Ser  ótimo médico não gabarita o cara a operar com raio laser.
Entender tudo de raio laser não gabarita o cara a operar com raio laser se ele não for médico.
Fazer um cursinho de "O impacto do raio laser na medicina" não te fará um expert no assunto.

então...

Se você é ótimo professor, não significa que será ótimo com EaD.
Se você é ótimo com informática, não signifca que será ótimo com EaD.
Fazer um cursinho de "Como ser Tutor EaD" não garante que você virará um expert no assunto.

Moral da história: na dúvida, procure especialistas.

www.literis.com.br

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Dá para avaliar alunos que estudam à distância?

Eu trabalho com Educação Corporativa e, em geral, as avaliações são o ponto-chave dos treinamentos pois dão aos gerentes um relatório cheio de números que ele vai precisar mostrar ao diretor, a uma auditoria, ou até ao presidente. Mas é importante lembrar que avaliar é um processo que gera muito mais que um relatório, pode gerar descontentamento e aborrecimento, se não for bem trabalhado.

Uma das grandes vantagens da EaD é a possibilidade de individualizar seu percurso de estudo. Se o aluno prefere começar pelo módulo 03, fazer o 02 e só então o módulo 01, ok. A responsabilidade é toda dele. Porém, para que ele não esteja totalmente sozinho nesse caminho, o professor precisa atuar como mediador, mesmo que não esteja presente, de fato, enquanto o curso acontece. Isso significa que o responsável pelo curso/treinamento precisa pensar o treinamento como um todo e não somente o conteúdo formal. A própria avaliação precisa passar por um questionamento de objetivos antes de ser passada aos alunos.

Não vou entrar em detalhes sobre esse assunto agora, mas existem 2 formas interessantes de avaliar, e o professor precisa estar atento a qual das formas se encaixa melhor ao seu público e ao objetivo do seu curso ou treinamento. São elas:
Avaliação somativa: É a avaliação tradicional. Contabiliza o quanto aluno aprendeu pelo número de acertos e erros ele teve em questionários e trabalhos. Esse tipo de avaliação classifica os alunos em aptos e inaptos, ou, pode ser usada como mecanismo de rankeamento para premiações.

Avaliação formativa: Procura conhecer como e o que o aluno está aprendendo buscando que ele se aperfeiçoe. Esse tipo de avaliação não leva em conta o certo ou o errado, mas deixa o aluno decidir o que é o que. É uma lapidação dos caminhos para dar a direção, mas sem podar ou acusar o aluno com certos e errados.

Agora, talvez mais importante que avaliar em si, seja deixar o aluno ciente de como ele vai ser avaliado. Um contrato de aprendizagem, no início de cada curso/treinamento é uma forma de deixar essas "regras" bem claras. E quais devem ser as clausulas desse contrato? Devem ser coisas simples:
- Como vai funcionar a aula
- Quais são os critérios de avaliação
- Quantas provas/trabalhos estão planejados
- Quais os papéis serão desempenhados por alunos, professores, tutores, suporte, etc

A importância desse tipo de documento é na dimensão psicológica, mas traz para a vida prática clareza nos processos, tranquilizando os alunos, e dando condições de ser justos aos professores.