sexta-feira, 30 de outubro de 2009

WEB 2.0 na educação à distância: Introdução

O aparecimento da internet, alterou a forma de nosso contato à informação. Nossa forma de interagir com o mundo mudou. Até para planejar uma viagem, entramos na internet para conseguir informações sobre nosso destino.
"A web foi desenvolvida para ser um repósitório de conhecimento humano, que permitiria que colaboradores em locais distintos partilhassem as suas ideias e todos os aspectos de um projeto comum" - Berners-Lee (no início da década de 1990)

A ideia de partilha e de fácil acesso a informação surgiu depois do surgimento da internet, mas foi ponto fundamental de seu sucesso.

A novidade dos hiperlinks fez com que, no início de tudo, houvesse uma euforia multicolor, que só acabou com a maturidade da ferramenta, quando se começou a buscar a sobriedade.

Mas até aqui, ainda tinhamos a Web 1.0, onde a autoria era feita de 1 para muitos. Em 2005, com a melhoria das velocidades, surgiu o conceito de Web 2.0, proposto por Tim O'Reilly. No novo conceito estava embutido a recente facilidade de os próprios usuários realizarem publicações online, e consequentemente, interagirem, sem precisarem ser especialistas. Aqui, a informação é passada de todos para todos.


Da Web 1.0 à Web 2.0

Nesse momento surge o fenômeno das Redes Sociais, como o Hi5, MySpace, Linkedin, Facebook, Orkut... que estimulam o processo de interação social e ampliam as possibilidades de aprendizagem.

As ferramentas online permitem que as pessoas não se limitem a informações "presas" em seus desktops. Você pode cadastrar o blog que você gosta de ler em um Feed, colocar seus textos no Gdocs, suas imagens no flicks, os contatos de seus amigos no Orkut ou em alguma outra rede social, e daí por diante...

As várias ferramentas online permitem uso no contexto educativo e vamos tratar delas aqui, em breve.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O Cognitivismo e a EAD

Todo aluno, presencial ou à distância, constrói esquemas cognitivos que sertem como ferramentas na hora de reconstruir representações mentais do que está sendo aprendido. Durante a produção de textos para EaD precisamos ter o cognitivismo em mente. Seguem alguns termos utilizados por Piaget em seu discurso sobre Cognitivismo:

- Assimilação: ação de incorporar a nova representação mental ao repertório de esquemas já contruídos.

- Acomodação: transformação e ampliação dos esquemas cognitivos já interiorizados.

- Adaptação: Ocorre a partir de assimilações e acomodações constantes, que desencadeiam uma restruturação de todos os esquemas já construídos.

- Equilibração: É processo que faz os esquemas de adaptação gerar significado para o sujeito. O que foi adaptado passa a ser compreendido.


Havendo interesse, a equilibração acontece mais efetivamente, porém, não pra sempre! A cada nova aprendizagem, os processos de assimilação e acomodação produzirão uma desequilibração, que rearrumará todo o esquema. Logo, todo o aprendizado é transitório e é modificado a cada novo objeto aprendido.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Super-Ego: O PERIGO DA DESMOTIVAÇÃO

Todo aluno tem expectativs quanto a aprendizagem. Se essas expectativas forem frustadas, ele começa a experimentar sentimentos de baixa auto-estima e, em pouco tempo, se sente demotivado a continuar estudando, seja qual for o assunto curso.

Se o professor/conteúdista/DI/tutor se manter em uma posição de "Eu sei mais", subjugando o saber do aluno, o vínculo entre eles estará bem fragilizado, e como consequência, o aluno irá se distanciar. Em um curso online, onde a distância é um dos fatores negativos, o fato de o professor afastar ou não saber manter a atenção e a estima do aluno pode ser apontado como contribuição à evasão.

Ensinar, ser peça fundamental na aprendizagem, colaborar para a melhoria do processo educacional do aluno. Tudo isso é fantástico! E a interferência invasiva dos professores a fim de se manter em seu papel também era fantástica, em seu tempo apropriado.

Hoje em dia, vivemos a cultura do pensar e tratamos com conteúdos produzidos pelos próprios alunos. Neste cenário, o professor passa a ser mediador, e precisa tomar muito cuidado para que os estudantes de EaD se apropriem das informações de forma crítica e construtiva, ao invés de serem meros reprodutores. Afinal, na realidade de autoria que vivemos, ser um simples reprodutor de idéias alheias é um outro grande fator de desmotivação.

Assim como um aluno presencial pode estar presente e não prestar atenção, um aluno de EaD pode comparecer às atividades, mas não estar se relacionando a fundo com o conhecimento. Faz parte do trabalho do professor/conteúdista/DI/tutor identificar e corrigir esse fator.

O segredo do sucesso é o seguinte: Pensar e repensar nossos percursos enquanto "aprendentes", lembrar de situações que foram favoráveis e contributivas para nossa formação e identificar o que gostariamos que tivesse sido diferente. Feito isso, poderemos identificar procedimentos de ensino que tornaram o processo de aprendizagem uma experiência prazerosa e evitar tudo aquilo que desmotivou por ser desagradavel.

Algumas perguntas que ajudarão nesse processo:
- O que o aluno que estuda o texto sentirá e pensará?
- Os conteúdos oferecidos têm relação com a área de interesse do aluno?
- A redação do texto contribui para o desenvolvimento do aluno enquanto "Ser Pensante"?
- A linguagem do texto estimula o aluno a novas leituras?

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Avaliação das Competências - DIs e avaliação por habilidades

Antes de falar de habilidades, precisamos entender o que são as Competências Cognitivas. São elas, as modalidades estruturais da inteligência, as operações que o sujeito utiliza para estabelecer relações com e entre os objetos, os atos de observar, reprsentar, imaginar, reconstruir, comparar, classificar, memorizar, interpretar, criticar, supor, levantas hipóteses, escolher, decidir, etc...

As habilidades dividem as Competências Cognitivas em três grupos:
Habilidades iniciais: Identificar, indicar, localizar, descrever.
Habilidades Intermediárias: associar, classificar, comparar, compreender.
Habilidades Complexas: analisar, julgar, aplicar, inferir, generalizar.

Com esses três níveis em vista, é possível dividir um conteúdo de forma que ele seja gradativo, ou, preparar uma avaliação que identifique onde está cada aluno e, a partir daí, montar estratégias que melhorem o nível geral da turma, do curso, e consequentemente das próximas turmas.

Avaliação da Aprendizagem e o Construtivismo

Depois de passar por um período onde a avaliação chegava a ser uma repressão, a educação mudou. Mas essa mudança não veio do nada: a partir dos anos 50, o mundo mudou. A contracultura trouxe a reinvindicação de comportamentos menos restritos por regras e normas através de diversos movimentos sociais contra ações totalitárias, e a educação precisou se adaptar à nova realidade.

Mas o mundo começou a mudar novamente. Um consenso sobre os problemas da avaliação tradicional, levou os educadores a somar o aprendizado a outros fatores, como condições sociais, culturais, familiares e econômicas do aluno. A mistura desses fatores pode prejudicar ou beneficiar o desempenho do estudante em uma prova. Levando em conta a andragogia, podemos citar outros elementos como a falta de tempo, o stress do dia de trabalho, o tempo no engarrafamento, etc...

Para compensar as situações vividas pelo aluno, surgiu a idéia de considerar o desenvolvimento do estudante através de seus progressos individuais. A teoria que fortaleceu esse movimento foi o Construtivismo.

E o que isso tem a ver com EAD?
Preparamos avaliações para usuários acessarem quando quiserem. Isso pode ser após duas horas de trânsito ou até com um cachorro latindo insistentemente. Esses fatores precisam ser levados em consideração. Além disso, o Ambiente Virtual permite diversas formas de avaliar um aluno, logo, os Desinger Instrucionais devem ser criativos e não se ater somente aos métodos tradicionais de Avaliação da Aprendizagem.

Tipos de Questões - Montando um questionário

Os modelos de questões mais utilizados, até hoje, são as questões objetivas como: múltipla escolha, resposta breve, lacunas e associação, e isso tem um motivo claro: são de simples correção e permitem que o professor corrija uma amostra maior de avaliações em um período curto de tempo. Esses fatores fizeram com que esses tipos de questões fossem largamente utilizadas.
Porém, em muitos casos também se utiliza as questões subjetivas que abrem um leque maior de resposta ao aluno e uma dificuldade maior de correção para o professor.

Dicas para se elaborar os tipos de questões
- Múltipla escolha
Não coloque no enunciado indicativos gramaticais que dêem dicas para a resposta como gênero e número
O número de alternativas deve ser de 4 a 5 para mantes em 20-25% a chance de acerto ao acaso
Evite alternativas absurdas, assim como a opção NRA, Todos, Nenhum, Sempre, Nunca, Às vezes, Frequentemente e Eventualmente por que podem induzir a erros de compreensão

- Lacuna
Todas as lacunas devem ser do mesmo tamanho não dando dicas sobre o tamanho da palavra
As lacunas não devem ser o sujeito da oração ou do predicado, devem se limitar ao complemento para que a frase não fique sem nexo

- Associação
Indicativos de repostas, como combinações de gênero e número devem ser evitados
Deve ficar bem claro, que tipo de associação se quer que faça
Devem invertigar conhecimentos dentro de uma mesma área temática

- Dupla Alternativa (V ou F)
As orações devem ser inteiramente certas ou inteiramente erradas
Não devem ser empregados Nunca, Sempre, Asvezes, Usualmente e Frequentemente

- Perguntas Curtas
Devem ser construções de resposta imediata, direta e única

- Questões Subjetivas
Também chamadas de questões de ensaio, as questões subjetivas precisam indicar aspectos e referências que devem ser consideradas na resposta. Isso é o que vai dar um parametro de correção, pois em uma questão aberta como esta, um sem número de formas de responder são possíveis.