sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Diferenças entre as gerações

No mês passado participei de um congresso sobre EaD e me deparei com uma palestra muito interessante sobre as características das gerações e como elas intereferem no aprendizado. Achei as questões tão intrigantes, que resolvi estudar o assunto. Logo, este e os próximos posts do blog serão sobre as gerações Babyboomer, X, Y e Z.

Comecemos do principio. Neste post vou simplesmente descrever as gerações. As analises virão mais tarde.

Baby Boomers
São as pessoas nascidas entre 1946 a 1964.
Eles viram e sentiram os efeitos do final da 2ª Guerra Mundial e, por isso, tem com principais ideais reconstruir o mundo.
No trabalho, eles querem construir uma carreira e ficar na mesma empresa até a aposentadoria.
Média de tempo dentro da mesma empresa: 30 a 40 anos

Geração X
São as pessoas nascidas entre 1965 a 1978.
Criaram a internet e viveram em luta pela paz e pela liberdade. Passaram pelo Movimento Hippie e pela Revolução Sexual.
Não tem apego emocional pelo trabalho, como na geração anterior. Trabalham por que é preciso pagar as contas.
Média de tempo dentro da mesma empresa: 10 a 15 anos

Geração Y
São as pessoas nascidas entre 1979 a 1992.
Ajudaram a concretizar a internet e passaram pela Revolução tecnológica. Por isso, seus principais ideais são a globalização e a diversidade.
No trabalho, sua ambição é satisfazer o desejo de consumir.
Média de tempo dentro da mesma empresa: 4 a 6 anos

Geração Z
Nascidos a partir de 1993.
O Z é de zapear, mas também podem ser chamados de Geração F, ou Geração Facebook.
São a única geração a não passar por uma migração digital.
Vivem na Interatividade digital.
São empreendedores e costumam pensar fora da caixa.
Como encontraram "tudo pronto", e nasceram em um mundo sem guerra, acabam não tendo ideais e, por isso, são pessoas com compromisso superficial, em todos os aspectos da vida, inclusive no trabalho, que eles vêem como uma forma de ser desafiado.
Média de tempo dentro da mesma empresa: 1 a 3 anos

Se você é como eu, só de ler essas características já ficou fazendo associações com você ou com pessoas que você conhece, ligando a cada geração. Isso é saudável, mas, é importante ter em mente que não podemos generalizar. Alguém que teoricamente é de uma geração, pode ter comportamento referente a outra.

Nos próximos posts, vamos falar um pouco sobre como motivar cada geração na educação corporativa.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Andragogia e o Ensino à Distância

Tem muito tempo que escuto falar em Andragogia, e sabia que era algo relacionado à aprendizagem de adultos, mas ultimamente tenho aprendido que essa "ciência" está muito ligada ao ensino à distância. Explicando melhor, o EaD permite que os conceitos da andragogia sejam aplicados com mais facilidade.

Comecemos pelo começo: Na década de 1900 começaram a ser feitos estudos sobre a educação de adultos, mas somente na década de 1970 isso começou a ser nomeado como Andragogia. A primeira vez que o termo apareceu foi na boca do Malcolm Knowles, no ano de 1970, quando ele disse: "Andragogia é a arte ou ciência de orientar adultos". Em 1973, outro estudioso, Pierre Furter, rebateu Knowles, dizendo que os conceitos da dita andragogia eram tão amplos que poderiam ser usados para educar qualquer ser humano, de qualquer idade. Eu, particularmente, concordo com Furter.

Enquanto estudante, sempre fui tida como "rebelde" por que não gostava de assistir às aulas. Mas, a despeito disso, minhas notas sempre foram ótimas. Desde nova, eu tinha meu ritmo de estudo e não me adaptava ao curriculo pré-programado dos professores. Sou uma espécie de super-mulher? Não! Só possuo um jeito prórpio de aprender.

As crianças, são acostumadas a seguir o mestre, e o método tradicional de ensino - a boa e velha pedagogia - acaba funcionando. Mas os adultos são seres independentes - ou pelo menos gostam de se sentir assim, então, a história de "seguir o mestre" acaba deixando o aprendizado chato e lento. A solução é a utilização de alguns conceitos de andragogia. Lembrando que, como no meu caso, esses conceitos podem ajudar crianças e adolescentes a aprenderem melhor. Os conceitos são:
- Os adultos precisam saber o motivo de precisarem aprender algo.
- Os adultos querem escolher seu ritmo de aprendizagem.
- Para os adultos, a experiência de vida é a base do aprendizado.
- O adulto aprende melhor quando pode aplicar o que aprendeu de forma prática.
- Os adultos são motivados por autoestima, qualidade de vida, ganhar mais, etc.

Para colocar em prática os conceitos, algumas idéias - para EaD :)
- Usar fóruns para os alunos contarem suas experiências práticas sobre o assunto estudado.
- Deixar em algum ponto vísivel da página do treinamento a importância de aluno aprender aquele assunto.
- Criar grupos aleatórios em que os alunos tenham a responsabilidade de cobrar a participação dos colegas de seu pequeno grupo.
- Disponibilizar atividades que não tenham pontuação, apenas para estudo.
- Dar feedback constante de como o aluno está indo no curso, ao invés de simplesmente dar notas.
- Criar mecanismos de ranking onde aqueles que forem melhor nas atividades pontuadas, recebam o reconhecimento dos colegas - e talvez até um prêmio.
- Disponibilizar todo conteúdo do curso de uma só vez e permitir que os alunos naveguem no conteúdo na ordem que acharem melhor.