quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Como motivar a Geração Z

Quem são eles?
São pessoas nascidas a partir de 1993. Hoje, eles tem 18 anos ou menos.
Possuem uma particularidade interessante: nunca passaram por uma migração digital. Eles cresceram em um mundo em que os computadores e internet já estavam consolidados.

Como eles vêem a vida?
A geração Z enxerga a vida como uma oportunidade. Possuem espírito empreendedor e se sentem confortável com tudo o que é interativo.

Como motivar a geração Z a estudar online?
A chance de estudar online já é uma motivação para a geração Z, mas o ponto principal é o desafio.
Desafiar essa garotada é primordial para se sentirem motivados. Isso pode ser feito de várias maneiras, mas talvez a mais interessante seja permitir que pesquisem, que criem suas trilhas de conhecimento, que sejam seus próprios mentores. Isso, é claro, em cima de metas finais pré-definidas.

Os professores e tutores não são da geração Z, e por isso, tem grande dificuldade em entendê-los. É preciso uma dose extra de boa vontade para entender e aceitar a nova geração.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Como motivar a Geração Y

Quem são eles?
São pessoas nascidas entre 1979 e 1992. Hoje, eles tem entre 32 e 19 anos.
Cresceram enquanto a Revolução Tecnológica estava acontecendo e ajudaram a concretizar a internet.

Como eles vêem a vida?
Seus principais ideais de vida são a globalização e diversidade, que permitem a satisfazerem seus desejos consumistas.
Para a geração Y, ficar online é uma constante. Podemos inclusive dizer que eles "estão" online, o tempo todo.

Como motivar a geração Y a estudar online?
1) Redes sociais
Não adianta ter somente um ambiente virtual de aprendizagem. Não adianta ser formal. Se os conteúdos publicados no ambiente de treinamento, ou que tenham cunho interessante para os alunos, forem publicados no twitter ou facebook terão uma adesão muito maior.
O recurso "Grupos" do Facebook é bastante interessante para manter o grupo unido, e ao mesmo tempo informar o que é importante.

2) Relacionamento online
A geração Y está acostumada a se relacionar virtualmente. Em geral, fazem mais contatos online que pessoal durante um dia normal de trabalho ou estudo. Fomentar essa caracterísitca, através de incentivos a adicionarem os colegas de curso em suas redes sociais, gtalk e msn é mais interessante que trocarem números de celular.

3) Possibilidade de estudar em qualquer lugar
O conteúdo precisa estar disponível para acesso via computador, tablet e celular. A geração Y está online o tempo todo e se o conteúdo estiver disponível nos formatos citados, uma fila de banco pode virar uma sala de aula se o aluno estiver com o celular em mãos.

4) Não ter tempos e prazos definidos
A geração Y não aprende por pressão. Pode até estudar, mas não aprende. O ideal é que eles tenham os conteúdos disóníveis e datas de provas para realizar ou trabalhos a entregar. Ou seja, um deadline, mas não vários. Do início do curso à avaliação, eles devem poder navegar livremente pelo conteúdo, na ordem e ritmo que preferirem.

5) Rankeamento constante
No mundo globalizado em que cresceram, ser melhor que o restante é uma busca constante. Se você tiver rankeamentos de quem fez mais tarefas, quem ficou mais tempo online, quem tirou as melhores notas, com certeza motivará seus alunos da geração Y a estudar.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Como motivar a Geração X

Quem são eles?
São pessoas nascidas entre 1965 e 1978. Hoje, eles tem entre 45 e 35 anos.
Eles criaram a internet e iniciaram uma grande revolução tecnológica no mundo.

Como eles vêem a vida?
Por passarem Movimento Hippie e Revolução Sexual, tem uma visão mais desapegada das coisas materiais.

Como motivar a geração X a estudar online?
1) Eles acham que sabem tudo de tecnologia
Eles viram o mundo mudar. Ajudaram a máquina de escrever a se transformar em computador. Por isso, acreditam saber tudo de tecnologia. É preciso tutores e atendentes de suporte com paciência para lidar com isso. Eles precisarão de ajuda, mas possivelmente não pedirão diretamente.

2) Cursos de média duração
Assim como os babyboomers, a Geração X foi criada em uma escola tradicional. Por isso, a formação formal ainda é muito importante para eles. Cursos de média duração são ideal.

3) Valorizam a interação social
Por serem muito comunicativos e gostarem de contar suas experiências, é importante que haja interação social durante o curso. Marcar horários específicos para bate-papos online irá agradar bastante seus alunos da geração X. Só não conte com sua presença caso seja uma sala virtual aberta. Eles estão dispostos a agendar um horário e participar, mas não a entrar em um chat sem motivo aparente.

4) Provas e notas avulsas
como citamos anteriormente, a geração X foi criada na escola tradicional, ou seja, fazendo prova para conseguir nota. Mas sempre odiaram isso. Logo, eles identificam as provas como importantes, mas gostam quando podem complementar suas notas com trabalhos extras.

5) Certificados de conclusão
Para a geração X o ensino formal é muito valorizado. Logo, para motivá-los, os cursos precisam ter um diploma, um certificado de conclusão. Isso serve para eles como uma meta a ser alcançada.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Como motivar os babyboomers

Quem são eles?
São as pessoas nascidas entre 1946 e 1977. Hoje eles tem entre 45 e 65 anos.
Eles viram o mundo se reconstruir após a segunda-guerra mundial e a atual política economica do mundo ser criada.

Como eles vêem a vida?
São tradicionalistas. Entraram em seus empregos ainda jovens, com a intenção de ficar lá até a aposentadoria.
Gostam de rotina e continuidade.

Como motivar babyboomers a estudar online?
1) Disposição para ajudá-los nas questões técnicas
Os babyboomers não tem familiaridade com computadores e internet. Por isso, qualquer dificuldade técnica pode tirá-los da trilha de conhecimento.
Ter um suporte que os ajude ou mesmo criar uma rede de contatos dos mais "antenados" com os mais leigos, é fundamental para que eles não desistam no meio do caminho.

2) Cursos de média duração
Cursos muito curtos darão a eles a impressão de que não aprenderam nada.Cursos muito longos vão deixá-los cansados e desmotivados.
O ideal são cursos em que eles precisem ficar pouco tempo efetivamente online, mas que possam seguir um roteiro de estudo programado pelo professor com prazos a serem cumpridos.

3) Cursos que tenham algum tipo de interação social, se possível fora do ambiente virtual
Babyboomers gostam de contato pessoal. São de um tempo em que falar pelo computador era coisa de filme. Então, se for possível marcar encontros presenciais - mesmo que somente para confraternização - com certeza seus alunos ficarão felizes.
Distribuir listas com telefones dos outros alunos da turma também é uma estratégia bastante eficaz, já que eles preferem interagir por telefone que pelo computador.

4) Materiais impressos
Todo material disponibilizado para estudo online também deve estar disponível para impressão. Babyboomers preferem ler no papel do que na tela. A maioria deles irá acessar a plataforma LMS, imprimir o material, e estudar offline.

5) Provas
Como bons tradicionalistas, babyboomers acreditam nas provas. Durante toda a vida eles foram avaliados numericamente pelos professores e se sentem mais seguros dessa forma. Então, marcar provas, sempre oferencendo um material de revisão antes, é fundamental para deixá-los motivados.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Diferenças entre as gerações

No mês passado participei de um congresso sobre EaD e me deparei com uma palestra muito interessante sobre as características das gerações e como elas intereferem no aprendizado. Achei as questões tão intrigantes, que resolvi estudar o assunto. Logo, este e os próximos posts do blog serão sobre as gerações Babyboomer, X, Y e Z.

Comecemos do principio. Neste post vou simplesmente descrever as gerações. As analises virão mais tarde.

Baby Boomers
São as pessoas nascidas entre 1946 a 1964.
Eles viram e sentiram os efeitos do final da 2ª Guerra Mundial e, por isso, tem com principais ideais reconstruir o mundo.
No trabalho, eles querem construir uma carreira e ficar na mesma empresa até a aposentadoria.
Média de tempo dentro da mesma empresa: 30 a 40 anos

Geração X
São as pessoas nascidas entre 1965 a 1978.
Criaram a internet e viveram em luta pela paz e pela liberdade. Passaram pelo Movimento Hippie e pela Revolução Sexual.
Não tem apego emocional pelo trabalho, como na geração anterior. Trabalham por que é preciso pagar as contas.
Média de tempo dentro da mesma empresa: 10 a 15 anos

Geração Y
São as pessoas nascidas entre 1979 a 1992.
Ajudaram a concretizar a internet e passaram pela Revolução tecnológica. Por isso, seus principais ideais são a globalização e a diversidade.
No trabalho, sua ambição é satisfazer o desejo de consumir.
Média de tempo dentro da mesma empresa: 4 a 6 anos

Geração Z
Nascidos a partir de 1993.
O Z é de zapear, mas também podem ser chamados de Geração F, ou Geração Facebook.
São a única geração a não passar por uma migração digital.
Vivem na Interatividade digital.
São empreendedores e costumam pensar fora da caixa.
Como encontraram "tudo pronto", e nasceram em um mundo sem guerra, acabam não tendo ideais e, por isso, são pessoas com compromisso superficial, em todos os aspectos da vida, inclusive no trabalho, que eles vêem como uma forma de ser desafiado.
Média de tempo dentro da mesma empresa: 1 a 3 anos

Se você é como eu, só de ler essas características já ficou fazendo associações com você ou com pessoas que você conhece, ligando a cada geração. Isso é saudável, mas, é importante ter em mente que não podemos generalizar. Alguém que teoricamente é de uma geração, pode ter comportamento referente a outra.

Nos próximos posts, vamos falar um pouco sobre como motivar cada geração na educação corporativa.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Andragogia e o Ensino à Distância

Tem muito tempo que escuto falar em Andragogia, e sabia que era algo relacionado à aprendizagem de adultos, mas ultimamente tenho aprendido que essa "ciência" está muito ligada ao ensino à distância. Explicando melhor, o EaD permite que os conceitos da andragogia sejam aplicados com mais facilidade.

Comecemos pelo começo: Na década de 1900 começaram a ser feitos estudos sobre a educação de adultos, mas somente na década de 1970 isso começou a ser nomeado como Andragogia. A primeira vez que o termo apareceu foi na boca do Malcolm Knowles, no ano de 1970, quando ele disse: "Andragogia é a arte ou ciência de orientar adultos". Em 1973, outro estudioso, Pierre Furter, rebateu Knowles, dizendo que os conceitos da dita andragogia eram tão amplos que poderiam ser usados para educar qualquer ser humano, de qualquer idade. Eu, particularmente, concordo com Furter.

Enquanto estudante, sempre fui tida como "rebelde" por que não gostava de assistir às aulas. Mas, a despeito disso, minhas notas sempre foram ótimas. Desde nova, eu tinha meu ritmo de estudo e não me adaptava ao curriculo pré-programado dos professores. Sou uma espécie de super-mulher? Não! Só possuo um jeito prórpio de aprender.

As crianças, são acostumadas a seguir o mestre, e o método tradicional de ensino - a boa e velha pedagogia - acaba funcionando. Mas os adultos são seres independentes - ou pelo menos gostam de se sentir assim, então, a história de "seguir o mestre" acaba deixando o aprendizado chato e lento. A solução é a utilização de alguns conceitos de andragogia. Lembrando que, como no meu caso, esses conceitos podem ajudar crianças e adolescentes a aprenderem melhor. Os conceitos são:
- Os adultos precisam saber o motivo de precisarem aprender algo.
- Os adultos querem escolher seu ritmo de aprendizagem.
- Para os adultos, a experiência de vida é a base do aprendizado.
- O adulto aprende melhor quando pode aplicar o que aprendeu de forma prática.
- Os adultos são motivados por autoestima, qualidade de vida, ganhar mais, etc.

Para colocar em prática os conceitos, algumas idéias - para EaD :)
- Usar fóruns para os alunos contarem suas experiências práticas sobre o assunto estudado.
- Deixar em algum ponto vísivel da página do treinamento a importância de aluno aprender aquele assunto.
- Criar grupos aleatórios em que os alunos tenham a responsabilidade de cobrar a participação dos colegas de seu pequeno grupo.
- Disponibilizar atividades que não tenham pontuação, apenas para estudo.
- Dar feedback constante de como o aluno está indo no curso, ao invés de simplesmente dar notas.
- Criar mecanismos de ranking onde aqueles que forem melhor nas atividades pontuadas, recebam o reconhecimento dos colegas - e talvez até um prêmio.
- Disponibilizar todo conteúdo do curso de uma só vez e permitir que os alunos naveguem no conteúdo na ordem que acharem melhor.